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Por iniciativa da Unidade de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário (UMF/TJMA), em parceria com a Fundação da Criança e do Adolescente (FUNAC), o Sampaio Corrêa Futebol Clube e o Sampaio Basquete, teve início a edição 2023 do projeto “Rolê do Esporte: a socioeducação em campo”, que promove a participação de jovens que cumprem medidas socioeducativas em partidas do Sampaio Corrêa, no Estádio Castelão, e jogos de basquete, no estádio Costa Rodrigues. O projeto objetiva contribuir com a garantia de direitos fundamentais e a ressocialização dos(as) adolescentes que cumprem medidas socioeducativas de restrição ou privação de liberdade nas unidades de São Luís.

Nos dias 7 e 25 de junho, no Estádio Castelão, adolescentes que cumprem medidas socioeducativas Centro Socioeducativo Nova Vida e Centro Socioeducativo do São Cristóvão acompanharam as partidas do Sampaio Corrêa pela Série B do Campeonato Brasileiro. Ao todo, 100 adolescentes em execução de medidas deverão ser beneficiados com a ação, até o final do Campeonato Brasileiro de 2023. O próximo jogo acontece no dia 1º de julho, entre São Paulo e Criciúma. 

Em 2022, mais de 70 adolescentes participaram de quatro partidas no Estádio Castelão. Nesta edição, os adolescentes também poderão acompanhar os playoffs da Liga de Basquete Feminina disputados em São Luís, tendo como anfitrião o Sampaio Basquete, que acontecem em julho e agosto.

PROJETO

O projeto “Rolê do Esporte: a socioeducação em campo” considera o artigo 71 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) que determina que “a criança e o adolescente têm direito à informação, cultura, lazer, esportes, diversões, espetáculos e produtos e serviços que respeitem sua condição peculiar de pessoa em desenvolvimento”. 

Segundo o desembargador Ronaldo Maciel, coordenador-geral da UMF/TJMA, o projeto Rolê do Esporte visa colaborar com o processo de socioeducação dos adolescentes em cumprimento de medidas, possibilitando o acesso a espaços de esporte e lazer como forma de complementar as atividades esportivas desenvolvidas nas unidades socioeducativas, com a garantia de direitos previstos no ECA e na Constituição Federal. “O projeto garante que os adolescentes tenham contato com o esporte, que é uma forma de inclusão social para pessoas em formação e situação de extrema vulnerabilidade”, avalia.

O juiz José dos Santos Costa, titular da 2ª Vara da Infância e Juventude e coordenador do sistema socioeducativo (UMF/TJMA), pontua que os(as) adolescentes selecionados para a atividade externa já se encontram com as medidas socioeducativas em fase de reinserção social e com avaliações previstas, servindo como estímulo não somente ao esporte mas ao lazer. “A maioria dos(as) adolescentes jamais haviam ido a um estádio, então é muito interessante para os meninos e meninas se sentirem valorizados, com mais autoestima e fortalece a sua reinserção social pela cidadania", observa.

O adolescente A.J.A, de 16 anos, participou pela primeira vez de uma partida no Estádio de Futebol, afirmando que sentiu-se emocionado por gostar muito de futebol. “Ajuda bastante no desenvolvimento e pode nos incentivar a vir mais vezes e a fazer esportes também”, opinou.

Agência TJMA de Noticias

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