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Programa de privacidade e proteção de dados é tema de curso no TJMA

Publicado em 17 de Abr de 2023, 15h04. Atualizado em 17 de Abr de 2023, 17h04
Por Amanda Campos

Integrantes do Comitê Gestor de Proteção de Dados Pessoais (CGPD) e do Grupo de Trabalho Técnico (GTT) participaram, na última sexta-feira (14), de curso sobre “Programa de privacidade e proteção de dados”, no Pleninho do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA).

A capacitação foi ministrada pela advogada e consultora em Privacidade e Proteção de Dados, Edmée Capovilla Leite Froz, especialista em Processo Civil e Direito Digital.

Na abertura da programação, o presidente do Comitê Gestor de Proteção de Dados Pessoais (CGPD), desembargador Jamil de Miranda Gedeon Neto, ressaltou a importância da iniciativa. “Temos um novo desafio diante dos tempos modernos, da era da informática, das redes sociais. Precisamos observar, ter mecanismos para proteger e dar segurança aos dados pessoais de todos aqueles que laboram no Poder Judiciário. Por esse motivo, estamos à frente do Comitê para articularmos as políticas necessárias, demonstrando que o Tribunal está atento a este momento”, pontuou.

Na oportunidade, o desembargador Jamil de Miranda Gedeon Neto informou que o Comitê está trabalhando uma minuta de resolução com o intuito de atualizar a Política de Privacidade dos Dados das Pessoas Físicas, criar programas e aprimorar os trabalhos na área.

O coordenador do Comitê Gestor de Proteção de Dados Pessoais, juiz Francisco Soares Reis Júnior, enfatizou a relevância do curso de capacitação, destinado a membros do CGPD, composto por magistrados, diretores e diretoras da instituição. “O curso representa uma etapa necessária para a atualização da Política de Privacidade e deliberação de várias ações relacionadas, como ajustes de contratos administrativos e procedimentos em casos de incidentes de segurança da informação. Além disso, haverá um planejamento quanto à disseminação da cultura de privacidade e proteção de dados pessoais entre magistrados, servidores e terceirizados", frisou.

Francisco Reis afirmou que a próxima etapa será contratar uma empresa de consultoria, fazer todo o mapeamento do ciclo de dados pessoais do TJMA, encontrar os gaps (vulnerabilidades), apresentar respostas procedimentais para cada uma dessas situações e disseminar uma cultura entre magistrados e servidores. “Com a realização deste curso, deixamos o nível estratégico e, agora, estamos no nível operacional. Estamos efetivamente dando cumprimento ao Planejamento Estratégico 2021-2026, nos atualizando e dando cumprimento ao prazo estipulado pela Assessoria de Planejamento Estratégico”, concluiu. 

Também participaram do curso o desembargador José de Ribamar Castro; o juiz Rodrigo Terças; o diretor-geral do TJMA, Carlos Anderson Ferreira; além de diretores e diretoras do Tribunal, servidores e servidoras. 

Foto colorida mostra pessoas em pé posando para foto, no Pleninho do TJMA. Atrás delas, estão um retroprojetor e um quadro. Ao lado, cortinas.

CAPACITAÇÃO

Durante o curso sobre “Programa de privacidade e proteção de dados”, a advogada Edmée Capovilla Leite Froz abordou sobre diversas questões pertinentes ao assunto: Sistema de Gestão do Programa de Privacidade e Proteção de Dados; Cronograma de implantação; Gestão de projetos; Programa de Governança; Elaboração de políticas e documentos, dentre outros.

Na sua apresentação, a professora Edmée Capovilla ressaltou a importância do Comitê de Privacidade ao atuar como um órgão multidisciplinar com capacidade para deliberar sobre as ações necessárias para implantar adequações ao sistema de proteção de dados e segurança da informação. “O Comitê de Privacidade facilita a promoção da cultura da privacidade e proteção de dados da instituição, além de centralizar decisões e diminuir possíveis conflitos sobre o tema”, disse.

A advogada também explicou as principais atividades do Comitê: engajamento e treinamento; governança de dados e de processos de tratamento; criação de políticas de privacidade; endereçamento de problemas envolvendo produtos e serviços (no que se refere ao tratamento de dados), acompanhamento de legislações sobre o tema; investigações, elaboração de inventário e mapeamento de dados, bem como de relatórios de impacto; acompanhar mudanças regulatórias e setoriais sobre o tema, dentre outras.

Foto colorida horizontal mostra pessoas sentadas em cadeiras de madeira no Pleninho do TJMA, assistindo à apresentação feita pela advogada Edmee Leite. A advogada Edmee está em pé conversando com o público, ao centro de poltronas reunidas em formato circular. Atrás dela, estão um retroprojetor e um quadro.

A consultora  Edmée Capovilla Leite Froz enalteceu o Tribunal de Justiça pela iniciativa. “Esta capacitação é de suma importância para solidificar a cultura de privacidade e proteção de dados, que está sendo trazida para o Poder Judiciário maranhense, bem como de forma nacional. Afinal, todo mundo está caminhando junto. Estou muito feliz e lisonjeada por estar participando deste momento tão importante para a Justiça e a sociedade”, afirmou.

COMITÊ

No que diz respeito à proteção dos dados e adequação à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), o TJMA instituiu a Política de Privacidade dos Dados das Pessoas Físicas em março de 2021, com a Resolução nº. 13/2021. Em seguida, criou o Comitê Gestor de Proteção de Dados Pessoais (CGPD), com o Ato da Presidência nº. 39/2021, assinado pelo então presidente do TJMA, desembargador Lourival Serejo.

A Política de Proteção de Dados estabelece princípios e normas que devem nortear o tratamento de dados pessoais, físicos e digitais, no Tribunal de Justiça do Maranhão, garantindo a proteção da privacidade de seus titulares.

Por meio do Ato da Presidência nº 13, de 23 de fevereiro de 2023, assinado pelo presidente do TJMA, desembargador Paulo Velten, o Poder Judiciário instituiu o Grupo Técnico de Trabalho (GCC). Já o Ato da Presidência-GP nº 12, de 16 de fevereiro de 2023, regulamentou e definiu a composição e as atribuições do Comitê Gestor de Proteção de Dados Pessoais (CGPD) e do Grupo de Trabalho Técnico (GTT).

No desempenho de suas atribuições institucionais, o CGPD deverá observar as diretrizes da Política de Segurança da Informação do Poder Judiciário do Estado Maranhão, definidas na Resolução GP nº 13/2017, e atuar de forma coordenada com o Comitê Gestor de Segurança da Informação e o(a) encarregado(a) de dados. 

Os comitês de Governança de Segurança da Informação e de Proteção de Dados atendem a recomendações do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), tais como, as Resoluções nº. 370 e 396 de 2021, Recomendação nº. 73/2020 e Portaria nº. 162/2021. 

 

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