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Magistrados/as e servidores/as das comarcas de Anajatuba, Arari, Cantanhede, Icatu, Morros, Rosário, Santa Rita, Vargem Grande e Itapecuru-Mirim participaram, nesta quinta-feira (6/11), da programação dos Encontros Regionais do Poder Judiciário do Maranhão. Realizado no fórum de Itapecuru-Mirim, sede do polo judicial, o evento abordou temas como gestão administrativa, avanços tecnológicos, planejamento financeiro, políticas antidiscriminatórias e práticas sustentáveis no Poder Judiciário, promovendo o diálogo entre a administração superior do TJMA e as unidades do interior.

Logo no início da manhã, a Coordenadoria de Sustentabilidade e Responsabilidade Social apresentou os principais eixos de atuação voltados à promoção de práticas sustentáveis no Judiciário maranhense. A palestra foi conduzida pelo gestor Rodrigo Smith, que detalhou os resultados obtidos com ações como o Plano de Logística Sustentável (PLS), a adesão à Agenda 2030 da ONU e campanhas de conscientização interna.

Rodrigo Smith fez um panomara das ações sustentáveis desenvolvidas pelo TJMA

Entre as iniciativas destacadas estão a eliminação da compra de copos plásticos e garrafas PET, a coleta seletiva solidária em unidades do Judiciário — que beneficia diretamente famílias de recicladores — e o Prêmio TJMA Sustentável, voltado ao reconhecimento de boas práticas institucionais. 

Na sequência, a coordenadora de Material e Patrimônio, Fernanda Lindoso, apresentou a palestra "Integração Administrativa e Judicial: Fortalecendo o Poder Judiciário". Segundo a coordenadora, um dos principais eixos da atuação administrativa é a transparência nas contratações públicas, fortalecida por mecanismos de acompanhamento disponíveis no portal do TJMA, que podem ser acessados por meio de “dashboards” (ou painéis de controle).

Fernanda Lindoso, no destaque da imagem, ministra palestra sobre Integração Administrativa

• A servidora também apresentou os resultados da implantação do Almoxarifado Virtual, que substitui o modelo tradicional de compras por uma logística integrada, gerando economia superior a R$ 2 milhões e redução de custos em 33%.

Ela também esclareceu dúvidas do público presente e explicou que a Diretoria é composta por quatro coordenadorias: Serviços e Transportes, responsável pelo gerenciamento da mão de obra terceirizada nas comarcas; Material e Patrimônio, que atende às demandas por mobiliário e bens permanentes; Licitação, que conduz a fase externa dos processos licitatórios; e Contratos, que apoia na gestão de contratos administrativos, inclusive naqueles firmados diretamente com unidades judiciais, como locações de imóveis.

A programação seguiu com apresentação voltada à área de tecnologia da informação, com destaque para as ações da Diretoria de Tecnologia da Informação e Comunicação (DTIC). O chefe de Divisão de Suporte do Sistema PJE, servidor Diogo Mendonça, detalhou iniciativas como a renovação de equipamentos no polo Itapecuru-Mirim, a implantação de redes Wi-Fi corporativas, sistemas de telefonia IP (Voip), e o uso de SD-WAN para garantir maior segurança e estabilidade na conectividade das unidades.

Servidor Diogo Mendonça detalhou ações realizadas para aprimorar sistemas e atendimento ao usuário

• O servidor apresentou os canais de suporte disponíveis para servidores/as e magistrados/as, incluindo telefone, e-mail, chat, WhatsApp e Telegram. Os dados de atendimento revelam mais de 112 mil chamados resolvidos ao longo deste ano, com destaque para a agilidade e qualidade no suporte técnico oferecido.

EDUCAÇÃO FINANCEIRA E APOSENTADORIA

A programação contou, ainda, com orientações sobre educação financeira. A palestra “O Custo do Amanhã: planejar agora para viver bem depois” foi conduzida pelo diretor financeiro do TJMA, Amudsen Bonifácio, que apontou elementos sobre o sistema previdenciário do Brasil e do Maranhão, destacando fatores individuais, contratuais e institucionais que podem influenciar seu planejamento.

Foram apresentadas recomendações para a proteção das finanças, bem como o papel da educação financeira para o planejamento de uma aposentadoria de forma consciente. Ele reforçou que a busca por informação e conhecimento deve continuar após os Encontros Regionais, inclusive por meio de cursos sobre a temática oferecidos pelo Poder Judiciário.

A ideia não é que ninguém saia dessa palestra como um expert, mas que esse momento desperte uma sensibilidade e interesse em aprofundar o conhecimento sobre educação financeira e aposentadoria para que possam se planejar de forma mais confortável daqui para frente”, disse.

Amudsen conduz palestra sobre educação financeira e aposentadoria

JUSTIÇA NO COMBATE À DISCRIMINAÇÃO 

De forma didática e ilustrativa, a juíza titular da Vara Única de Cândido Mendes, Luana Santana, e o diretor judiciário, João Paulo Cordeiro, integrantes do Comitê de Diversidade do TJMA, compartilharam as diversas formas de atuação que o comitê tem desenvolvido ao longo dos seus cinco anos de trajetória.

Com o tema “Políticas antidiscriminatórias no Poder Judiciário”, a palestra contemplou a apresentação de projetos do comitê que tratam do combate à desigualdade racial, sexual e de gênero e ações que buscam sensibilizar o público interno e externo sobre a temática. 

• Iniciativas como Prêmio Luizão, Seminário de Diversidade e Antidiscriminação, Programa Escuta Ativa dos Povos Indígenas, Ouvidoria Indígena, Mutirão de Cidadania Transgênero, Dia da Empregabilidade e Casamento Comunitário LGBTQIA+ foram destaques.

Juíza Luana Santana ao lado do servidor João Paulo, integrantes do Comitê de Diversidade do TJMA

Para João Paulo, o diálogo é fundamental para estimular a reflexão e a mudança de comportamento.

Não tenho pretensão de mudar os pensamentos de vocês, minha pretensão é deixar plantado algum tipo de reflexão na cabeça de cada um que aqui está”, ressaltou.

Já a magistrada pontuou o conceito de interseccionalidade, a tendência da sociedade em normalizar comportamentos que configuram atos discriminatórios e que, muitas vezes, podem ser considerados crimes. Ela também destacou o protocolo para julgamento com perspectiva racial. “É importante admitir que não se pode julgar uma mulher indígena da mesma forma que uma mulher não indígena será julgada. É importante levar em consideração questões sociais, de gênero, classe e raça”, enfatizou.

A discussão reafirmou os princípios do Comitê de Diversidade em sensibilizar os/as servidores/as e a sociedade para o respeito à diversidade e estimular espaços de diálogo institucional. No momento final, foram entregues placas contra o racismo e a homofobia para serem instaladas nos fóruns do polo de Itapecuru-Mirim.

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