Com o objetivo de aproximar as crianças do 5º e 6º ano fundamental do Poder Judiciário, proporcionando conhecimento sobre suas funções e a importância da proteção da infância, a Vara Única da Comarca de Carutapera deu início ao projeto “Conhecendo o Judiciário: Protegendo Nossas Crianças”. Capitaneado pela juíza titular Jéssica Gomes Dias, a iniciativa deu o primeiro passo, ao receber no último dia 30 de maio, no Fórum Dr. Pedro Emanuel de Oliveira, alunos da Escola Moacir Heráclito dos Remédios e da Unidade Escolar Sonho Dourado.
Na visita, os alunos foram recebidos pela magistrada, que explicou o funcionamento de cada setor da unidade judicial, bem como expôs aos visitantes sobre o trabalho do Poder Judiciário como um todo. “Acreditamos que o conhecimento sobre o funcionamento da Justiça e o contato direto com seus representantes podem fortalecer a confiança das crianças nas instituições e capacitá-las a reconhecer e buscar ajuda em situações de vulnerabilidade”, observou a juíza. Ao final, brindes foram distribuídos para as crianças, como lembrança da visita.
Outros objetivos do projeto são promover o contato entre magistrada e as crianças e, ainda, realizar simulações lúdicas de audiências para familiarizar as crianças com o processo judicial.
ALUSÃO AO 18 DE MAIO
O projeto “Conhecendo o Judiciário: Protegendo Nossas Crianças” é realização e iniciativa da Vara Única da Comarca de Carutapera, tendo como parceiros a diretoria da Escola Moacir Heráclito dos Remédios, a diretoria da Unidade Escolar Sonho Dourado, o Conselho Tutelar de Carutapera, e o Conselho Municipal da Criança e do Adolescente. O projeto surgiu em alusão ao Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual Infantil, 18 de maio.
Instituída por meio da Lei 9.970/2000, a data foi escolhida em memória de Araceli Cabrera Sánchez Crespo, uma menina de 8 anos que, em 1973, foi sequestrada, violentada e assassinada em Vitória (ES). O crime segue impune até hoje e se tornou um símbolo da luta pelos direitos das crianças e dos adolescentes. Apesar de ser um tema sensível e muitas vezes silenciado, a violência sexual contra crianças e adolescentes é mais comum do que se imagina.
Segundo os dados do Ministério da Saúde, a maioria das vítimas são meninas e, em grande parte dos casos, o crime ocorre dentro da própria casa. Mais do que punir agressores, a luta contra a violência sexual passa pela prevenção, pela escuta qualificada e por uma rede de proteção forte, formada por famílias, escolas, serviços públicos e organizações da sociedade civil.
Assessoria de Comunicação
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