A Escola Superior da Magistratura do Maranhão (ESMAM) recebeu, nesta terça-feira (20/5), a visita de um grupo internacional formado por professores e alunos do programa de Mestrado em Criminologia Global da Universidade de Westminster, do Reino Unido. A comitiva foi recepcionada pelo secretário-geral da escola judicial, Carlos Belo, a juíza Manuella Ribeiro, auxiliar da comarca da Ilha, e o juiz Fernando Mendonça, integrante do Conselho Técnico-Científico (CTCE) e membro do Conselho Penitenciário do Estado do Maranhão.
Composta pelos professores doutores Andreas Aresti e Sacha Darke e os(as) pesquisadores(as) Louis Vickers, Lachlan Dorey, Michal Halej, Gemma Lilley, Taylor Mainwood-Cox, Maria Karasad, Victoria Lebrec e Renata Souza Almeida, a delegação está no Brasil como parte de uma imersão acadêmica voltada para o estudo das prisões latino-americanas e projetos educacionais com pessoas privadas de liberdade.
A visita à ESMAM integra um roteiro de atividades em São Luís, onde o grupo participa de ações educativas promovidas pela Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), junto ao recém-criado Programa de Pós-Graduação em Estudos Criminológicos (PPGEC), e também com presos e egressos do sistema prisional, na Penitenciária de Pedrinhas e a Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (APAC) da capital maranhense.
A programação incluiu, ainda, uma visita ao Centro Integrado de Apoio à Pessoa Egressa do Sistema Prisional (CIAPIS), reconhecido pelo apoio contínuo à reinserção social de ex-detentos no Estado, e à Unidade de Monitoramento Carcerário (UMF-TJMA).
Para o juiz Fernando Mendonça, a visita marca um importante intercâmbio de saberes entre o sistema de justiça brasileiro e experiências internacionais voltadas à humanização do cumprimento de pena e ao fortalecimento da educação como ferramenta de liberdade.
CRIMINOLOGIA GLOBAL
O programa de Criminologia Global da Universidade de Westminster é pioneiro ao incorporar a Criminologia dos Condenados - um movimento acadêmico ativista e crítico, cujo objetivo é desenvolver perspectivas internas sobre crime, justiça e prisões a partir do trabalho de pessoas que cumprem pena e egressos do sistema penitenciário que cursam o ensino superior, de acadêmicos experientes que já estiveram presos e de pesquisadores da área da Criminologia.
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