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TJMA realiza palestra na Semana da Mulher

07/03/2023
Orquídea Santos

O Tribunal de Justiça do Maranhão realizou na manhã desta terça-feira (7), palestra “O Ambiente de Trabalho e as Violências de Gênero contra Mulheres”, no auditório do Pleninho, no prédio-sede do TJMA, como parte da programação do projeto “Bem-Estar no Judiciário”.

A palestra, ministrada pela analista judiciária-assistente social e ouvidora da Mulher do TJMA, Danyelle Bitencourt Athayde Ribeiro, marcou o início da Semana da Mulher.

O objetivo foi trazer pontos de reflexão para que as mulheres consigam perceber no seu dia a dia as diversas formas que essa violência tem, diversas formas com que ela pode se apresentar e também chamar os homens para essa reflexão. “Nós não podemos mais falar sobre as violências somente com as mulheres, precisamos envolver os homens para que eles também mudem essa visão, esse comportamento que é histórico, que é cultural, e que está presente em todas as camadas da sociedade, toda as empresas públicas, privadas, todos os ambientes, por ser um problema estrutural”, destacou.

Disse, ainda, sobre as diversas violências de gênero e como elas podem impactar no ambiente de trabalho onde não se restringe ao assédio moral, a possibilidade de assédio sexual, mas ela pode acontecer de muitas outras formas, inclusive através de um fenômeno conhecido como teto de vidro que são maneiras invisíveis de impedir a ascensão na carreira das mulheres em detrimento de algumas questões, como por exemplo, a maternidade, que é muito impeditiva para algumas mulheres. Elas ficam suscetíveis às posturas de quem está avaliando esses critérios, de quem está julgando, a depender ali da visão se é machista, sexista, se não é, são barreiras invisíveis que as mulheres enfrentam no ambiente de trabalho. Serem interrompidas na sua fala, ter alguém que lhe explique as coisas como se você não entendesse nada, isso é violência de gênero. 

Segundo pesquisa recente do Ministério Público do Trabalho Federal, todos os quesitos relativos à violencia perpetrada no ambiente do trabalho, as mulheres respondem sempre na maioria que vivenciaram aquelas situações, de terem sido prejudicadas em função de licença-maternidade, de não ocuparem determinados espaços por serem mulheres, de terem suas vozes silenciadas e que os homens raramente passam por esse tipo de situação. As pesquisas apontam, ainda, um número elevado de mulheres vivenciando as mais diversas formas de violência inclusive assédio moral e sexual.

“Nós já avançamos muito, nós devemos sempre comemorar o dia 8 de março porque de muito longe já viemos, já conquistamos muitos direitos e não podemos perder nenhum deles”, comentou Danyelle.

Disse, ainda, que é um dia para comemorar, sem dúvida, uma data histórica, uma data representativa, mas sem perder a consciência de que ainda falta muito. “Todos os dias de nossas vidas nós vamos enfrentar essas situações em todos os espaços: públicos, privados, e familiar. Nós precisamos nos empoderar dos nossos direitos, colocar a nossa voz em todos os espaços e nos fazer respeitadas, brigar pelos nossos direitos”, pontuou.

A ouvidora da Mulher do TJMA, Danyelle Bitencourt, disse que já temos a Lei Maria da Penha, desde 2006 que mudou o panorama nacional, embora pareça que a violência aumentou, mas aumentou muito mais a busca das mulheres pelos seus direitos, trouxe a visibilidade, tirou o problema debaixo do tapete. “Que nós continuemos aí fortes e perseverantes, vamos precisar ser até o fim de nossas vidas por muitas gerações”, finalizou.

A coordenadora de Serviços Médico, Odontológico e Psicossocial, Mariany Oliveira, falou que a palestra trouxe reflexões no ambiente de trabalho sobre a violência contra a mulher e como é que se vive no dia a dia. Preparar as mulheres no sentido de conhecimento, para entender a situação de violência. “Nós temos vários mecanismos aqui de denúncia, de apoio, de orientação, de escuta, tornar não só a parte da apuração dos problemas e tentar resolver mas na forma preventiva. Isso que a gente tem que trabalhar nas várias frentes de soluções para violência contra a mulher’, assinalou. 

A servidora lotada no Cerimonial, Isabel Aquino, disse que a palestra trouxe reflexões importantes no âmbito do Tribunal de Justiça do Maranhão, questões que foram colocadas muito importantes. “Eu acho que o que nós temos que ter enquanto servidoras do Tribunal, é um olhar de muita empatia uma pela outra, de companheirismo, de  amorosidade para que possamos fazer um Tribunal melhor, mais saudável, mais tranquilo, mais afetivo", concluiu. 

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