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Judiciário capacita servidores para interpretação de Libras

Curso desenvolve habilidades de interação e mediação entre os surdos e os ouvintes para uma comunicação acessível

21/07/2022
Fernando Souza

Preparar os servidores para a abordagem resolutiva e humanitária no atendimento a pessoas surdas nos mais diversos espaços de contato com o Poder Judiciário maranhense. Essa é a proposta da segunda etapa da formação em Língua Brasileira de Sinais (Libras), que segue até o dia 29 de julho, na Escola Superior da Magistratura do Maranhão (ESMAM), com duração de 60 horas-aula. 

A turma, composta por 20 servidores e servidoras, participa de simulações de situações enfrentadas no cotidiano de pessoas surdas. A abordagem envolve, por exemplo, a saudação, família, vestimenta, tempo, animais, alimentos, profissões e localidades. Uma das técnicas aplicadas é a da desibinição corporal, adequada aos espaços de convivência social e das relações humanas. 

A psicopedagoga Giorgiana Castro dos Santos Lisboa, responsável pela formação, explica que o foco desse módulo de nível intermediário é aprimorar o que os alunos estudaram no curso básico, com aulas voltadas para a conversação em Libras. “Ao final do curso, estarão mais seguros e aptos a prestar informações ou dar alguma orientação aos surdos”, acrescenta.

Seguindo a proposta do projeto pedagógico, o curso tem a finalidade de assegurar aos servidores a utilização da Libras em nível intermediário e proporcionar a compreensão de situações contextualizadas à dinâmica social. A prática está voltada para desenvolver habilidade de interação e mediação entre os surdos e os ouvintes, possibilitando uma comunicação acessível.

ACESSIBILIDADE

A habilitação de servidores intérpretes de Libras é promovida pela ESMAM, desde 2009. Ao longo desse período, mais de 30 ações educacionais foram realizadas, capacitando cerca de 600 alunos, nos níveis Básico I e II e Intermediário.

O desembargador José Jorge Figueiredo dos Anjos, diretor da escola judicial, destaca que a iniciativa atende ao disposto na Resolução 401/2021, do Conselho Nacional de Justiça, que dispõem sobre o desenvolvimento de diretrizes de acessibilidade e inclusão de pessoas com deficiência nos órgãos do Poder Judiciário e de seus serviços auxiliares, e regulamenta o funcionamento de unidades de acessibilidade e inclusão.

LIBRAS

A Língua Brasileira de Sinais (Libras) é reconhecida legalmente como meio de comunicação e expressão dos surdos brasileiros, conforme estabelecido na Lei nº. 10.436/2002. É uma língua de modalidade visual, sendo explorado todo o campo de visão dos falantes, assim como movimentos gestuais e faciais. 

O reconhecimento da Libras decorre das lutas de familiares de pessoas surdas e da comunidade surda pelos seus direitos. Ainda de acordo com Lei nº. 10.436/2002, as instituições públicas e as empresas que possuem concessão para explorar serviços públicos devem assegurar apoiar o uso e difusão da Língua Brasileira de Sinais (Libras) como meio de comunicação objetiva e de utilização corrente das comunidades surdas do Brasil.

 

Núcleo de Comunicação da ESMAM

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