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Campanha do TJMA explica o que é e como eliminar a halitose

Nesta edição de Dicas de Saúde Bucal, elaborada pela Divisão Odontológica do Tribunal, Aparecida Chaves conta que a higiene bucal é fundamental para o sucesso do tratamento

Publicado em 7 de Mai de 2021, 8h05. Atualizado em 7 de Mai de 2021, 8h42
Por Ascom/TJMA

A halitose é o tema da campanha Dicas de Saúde Bucal, elaborada pela Divisão Odontológica do Tribunal de Justiça do Maranhão, na edição deste mês de maio. De início, a odontóloga Aparecida Chaves deixa claro que halitose e mau hálito não devem ser confundidos, porque têm características diferentes.

O TJMA tomou a iniciativa de divulgar, no site da instituição e em suas redes sociais, campanhas criadas pelas divisões de sua Coordenadoria de Serviço Médico, Odontológico e Psicossocial, como forma de compartilhar informações e dicas de saúde para a população em geral, não apenas para servidores e magistrados do Poder Judiciário. A Divisão Odontológica é chefiada pelo odontólogo Rafael Silva Santos.

A odontóloga explica que a halitose é uma alteração do hálito, caracterizada por odores desagradáveis emitidos pela expiração. Apesar de o termo médico halitose ser relativamente recente, é uma patologia antiga com referências que datam entre 254-184 a.C. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), é considerado um problema de saúde de ocorrência mundial, com queixa comum em adultos de ambos os sexos, de difícil diagnóstico, devido às suas causas multifatoriais.

HALITOSE X MAU HÁLITO

Aparecida Chaves relata que esse problema reflete na saúde emocional, gerando transtornos na vida social, afetiva e profissional de quem padece do problema, mas destaca que é diferente do mau hálito.

“É importante não confundir o mau hálito com a halitose. O primeiro ocorre de maneira pontual, momentânea, fisiológica. Na halitose, o mau hálito persistente é indicativo de alguma patologia de causas intra ou extraorais, crônica. Na halitose crônica existe um diagnóstico da causa e um tratamento correspondente a este diagnóstico para sanar o problema”, detalha a odontóloga.

Segundo ela, o hálito desagradável ao acordar é considerado fisiológico e ocorre devido à hipoglicemia, à redução do fluxo salivar durante o sono e ao aumento dos microrganismos anaeróbios proteolíticos. Diz que isso é comum também em indivíduos que passam muito tempo sem se alimentar ou estão de dieta, deixando a saliva mais viscosa e, como consequência, a precipitação de “depósitos saburroides”. Para esses casos, explica, o mau hálito cessa após o indivíduo realizar a higiene bucal ou se alimentar.

“Alguns hábitos podem ter influência no hálito, como o fumo, o consumo de bebida alcoólica e ingestão recente de alguns tipos de alimentos. Há, também, a pseudo-halitose ou halitofobia, muito comum em pacientes que apresentam uma falsa percepção da presença do mau hálito”, conta Aparecida Chaves.

CAUSAS

A profissional da Divisão Odontológica do TJMA aponta estudos que indicam que 90% dos casos das halitoses têm como principal causa a decomposição da matéria orgânica, provocada por bactérias anaeróbias proteolíticas da cavidade bucal, podendo estar relacionados à doença periodontal, à cárie dentária e suas sequelas, acúmulo de placa bacteriana, impactação alimentar, áreas de necrose tecidual, alterações na composição da saliva e presença de saburra lingual, sendo as fontes de halitose mais relevantes a língua saburrosa e as periodontopatias.

“A saburra lingual é uma massa esbranquiçada e viscosa que se adere ao dorso da língua, em maior proporção no seu terço posterior, formada por células epiteliais descamadas, restos alimentares e bactérias patogênicas gram negativas proteolíticas que vão se desenvolver e gerar os compostos de enxofre, que são causas da halitose”, descreve a odontóloga.

Ela esclarece que, em relação à etiologia extraoral ou sistêmica da halitose, podem-se considerar: sinusite, bronquite, diabetes mellitus, úlcera duodenal, síndrome de Sjogren, alterações hormonais, insuficiência renal, uremia, vários tipos de carcinomas, cirrose hepática, xerostomia, estado de desidratação, período pré-menstrual, estresse, ansiedade, entre outros. O uso de alguns medicamentos, como antidepressivos, tranquilizantes, antiparkinsonianos, anti-hipertensivos, também podem ter a halitose como um efeito colateral, acrescenta a profissional.

DIAGNÓSTICO

Já em relação aos métodos de diagnóstico, informa que o exame de halimetria vai medir a concentração dos compostos sulfurados voláteis (CSV) presentes no ar expirado. Os resultados permitem identificar a presença de halitose, avaliar a intensidade do hálito e definir as causas da halitose: se bucal, deficiência de higiene bucal, saburra lingual, doença periodontal, alterações intestinais ou outros problemas sistêmicos que podem gerar esses gases. Diz que, em sua maioria, os indivíduos são incapazes de mensurar sua própria halitose.

“Seja qual for a causa da halitose, a higiene bucal é fundamental para o sucesso do tratamento, além da eliminação de sua respectiva causa. É imperativo que, além da escovação e do uso do fio dental, promova-se a periódica limpeza da língua após as refeições e ao deitar, a fim de evitar o acúmulo de bactérias. E a visita ao dentista, pelo menos uma vez ao ano, é de suma importância para a prevenção, diagnóstico e tratamento eficaz do mau hálito”, ensina Aparecida Chaves.

CARTILHA 

A Divisão Odontológica do Tribunal de Justiça do Maranhão também elaborou uma cartilha, com normas de funcionamento, biossegurança e adequações em tempos de Covid-19. Leia AQUI todo o conteúdo sobre algumas mudanças nas rotinas de atendimento, necessárias como medidas de prevenção.

Agência TJMA de Notícias
asscom@tjma.jus.br

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