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Audiências de Custódia por vídeo respeitam direitos do preso em Imperatriz

PARCERIA INSTITUCIONAL

Publicado em 11 de Dez de 2020, 0h00. Atualizado em 11 de Dez de 2020, 0h00
Por Helena Barbosa

A Central de Inquéritos e Custódia de Imperatriz inaugurou, na sexta-feira (11), a primeira audiência de videoconferência conforme parâmetros estabelecidos pelo Conselho Nacional de Justiça, na Resolução nº 357, de 26 de novembro de 2020, a fim de garantir o direito da pessoa presa em flagrante delito, de ser ouvida com segurança, privacidade e integridade física.

Essa norma dispõe sobre a realização de audiências de custódia por videoconferência, telefone ou outro meio de comunicação, quando não for possível a realização, em 24 horas, da forma presencial, como acontece atualmente durante a pandemia da Covid-19, dentre outras situações.

O local onde a audiência de custódia se realiza deve ter monitoramento eletrônico de imagem e áudio, onde o preso fica custodiado e no percurso que segue até ser ouvido, a fim de se verificar se ele permanece sozinho até o momento da escuta e que será ouvido pelo juiz, promotor de Justiça – se for o caso, advogado ou defensor público, na audiência. 

Em parceria com o Ministério Público (3ª e 8ª promotorias de Justiça), Defensoria Pública, seccional da OAB de Imperatriz, e ICRIM, foi montada, na Unidade Prisional de Ressocialização (UPR) de Imperatriz, a estrutura necessária para atendimento das condições exigidas pelo CNJ, para resguardar a pessoa presa de eventual agressão ou ameaça. 

Por meio dessa parceria, foi providenciada a estrutura necessária para o monitoramento da movimentação do custodiado durante a audiência de custódia, com a aquisição de três câmeras de vídeo com registro de áudio, computador (Tribunal de Justiça) com webcam, acesso à internet (SEAP) e aplicativo instalado no telefone celular, do juiz, do promotor, advogado ou defensor público. A gravação realizada é armazenada no próprio aplicativo, para acesso pelas autoridades participantes da audiência. 

PARCERIA INSTITUCIONAL

A juíza Ana Lucrécia Reis, titular da Central de Inquéritos e Custódia de Imperatriz, destacou que a parceria institucional resultou na implementação da estrutura exigida pelo Conselho Nacional de Justiça para a garantia de direitos nesse período pandêmico, em uma data especial, em razão da passagem do Dia Nacional dos Direitos Humanos, em 10 de dezembro, e pela forma que se deu, por meio do diálogo e parceria interinstitucional. 

“Na Central de Inquéritos e Custódia de Imperatriz andamos sempre junto com o Ministério Público, Defensoria Pública, OAB e ICRIM, contando com o apoio da sociedade civil organizada para a implementação de instrumentos objetivando o resguardo dos direitos humanos. Afinal, ninguém faz nada sozinho”, ressaltou a magistrada.

A juíza informou, ainda, que, em decisão liminar do dia 10 de dezembro, o Supremo Tribunal Federal autorizou, nos autos da Reclamação (RCL 29303 AGR / RJ), sob a relatoria do ministro Edson Fachin, a ampliação da realização de audiência de custódia em todas as modalidades prisionais, “inclusive prisões temporárias, preventivas e definitivas”, ampliando, assim, a demanda da Justiça estadual.  Na ação, a Defensoria Pública do Rio de Janeiro ajuizou reclamação contra ato normativo do Tribunal do Justiça do Estado, que teria limitado a realização de audiências de apresentação aos casos de prisões em flagrante.

Assessoria de Comunicação
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