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CULTURA | Programa Aldeia do Mundo traz trabalhos autorais de doze músicos brasileiros

Publicado em 2 de Ago de 2019, 15h37. Atualizado em 5 de Ago de 2019, 13h10

O programa musical ‘Aldeia do Mundo’, apresentado pelo pesquisador e professor, Magno Córdova, traz, nesta segunda-feira (5), às 18h, na Rádio Web Justiça do Maranhão, trabalhos autorais de onze músicos brasileiros – Alexandre Andrés, Marco Jabur, Artur Pádua, Alberto Salgado, Roze, Patrícia Moreyra, Glaucia Nasser, Carlos Bolão, Passo Torto e Madalena Moog, Naldinho Braga.

Magno Córdova explica que “o principal objetivo do programa é ampliar o leque de escuta e informação musical dos ouvintes da Rádio Web Justiça do Maranhão”. Ele ressalta que o conteúdo musical do programa prioriza uma produção pouco contemplada ou incomum em circuitos de programação habitual nos meios de comunicação locais e nacionais.

Para o pesquisador e professor, é importante incentivar o ouvinte a pensar, através da música, a noção de tradição não mais como algo estático, consolidado, estanque. O programa é veiculado nas segundas, quartas e sextas-feiras, às 18h.

COMO OUVIR

A Rádio Web Justiça do Maranhão pode ser acessada na página principal do Portal do Judiciário. Para usuários de aparelhos com Sistema iOS e Android, o aplicativo da Rádio está disponível gratuitamente, na Apple Store e na Play Store, respectivamente.

A emissora pode ser conectada, também, pelo aplicativo móvel TuneIn, fazendo uma busca pelos nomes Rádio TJMA ou TJMA. Quem tem sistema de mídia ou equipamento de som, com conexão por bluetooth ou USB, pode acessar a emissora no aparelho, em casa ou no carro, a partir de um celular conectado a uma rede wi-fi ou de dados móveis.

INFORMAÇÕES SOBRE OS MÚSICOS E O REPERTÓRIO

Alexandre Andrés: “Carretel” (Pedro Henrique Santana/Alexandre Andrés/Adriano Goyatá/Rafael Martini) - Músico // Compositor // Produtor – Belo Horizonte (MG)

Alexandre Andrés é violonista, flautista, cantor e compositor mineiro. Possui cinco CDs gravados, intitulados “Agualuz” (2008), “Macaxeira Fields” (2012), “Olhe bem as montanhas” (2014), ambos em parceria com o poeta mineiro Bernardo Maranhão, “Macieiras” (2017), seu primeiro álbum instrumental (concebido junto ao seu quarteto) e “Haru” (2017), sua primeira parceria com o músico mineiro Rafael Martini. Além dos cinco álbuns, há também o DVD Macaxeira Fields ao vivo, lançado pelo artista no ano de 2013.

Marco Jabur: “Volátil” (Marco Jabur/ Ricardo Mansur) – Macaé (RJ)

Jabur lançou junto com o Ricardo Mansur o cd Máquina Comovente. Tempos depois, atuou como componente da Ursa Maior Banda. A Banda Ursa Maior nasceu em 2005 de uma reunião feliz entre dois amigos que já se conheciam de longa data, o baixista Mario Cuca e o guitarrista e compositor Marco Jabú. Os dois nunca tinham tocado juntos, embora partilhassem uma admiração mútua e uma vontade enorme de fazer alguma coisa em conjunto. Reuniram o repertório e aí sentiram a falta de mais elementos. Cuca convocou o guitarrista Rafael Brandão e o som foi ficando com uma cara, com um jeito bem próprio. Mas ainda faltava o toque final, a presença de um baterista. E veio o Christian Biana somar-se aos outros três e com suas levadas precisas fechar a escalação do time.

Artur Pádua: “Campo Aberto” (João Camarero/Paulo César Pinheiro) – Belo Horizonte (MG)

Destaca-se no cenário do choro de Minas Gerais como um dos mais jovens representantes do violão no choro. É um dos principais responsáveis pela consolidação da já tradicional roda de choro do Bar do Salomão, que acontece semanalmente em Belo Horizonte. Desenvolve também seu trabalho como cantor. Intérprete, inspirado por cantores como Orlando Silva, Nelson Gonçalves, Francisco Alves, Ciro Monteiro, Jorge Veiga e Silvio Caldas, Artur Padua preserva em seu repertório músicas antigas que fizeram história no Brasil, contemplando também compositores de hoje.

Atualmente integra os conjuntos Isto é Nosso, Regional Mineiro e o Trio Caviúna. Gravou em 2017 seu primeiro CD, pela gravadora Acari Records, que levou o nome de Campo Aberto. Com um repertório de regravações e músicas inéditas, o disco teve participações de grandes músicos, entre eles, Amelia Rabello, Mauricio Carrilho, Dininho Silva, Bebê Kramer, Antonio Rocha, Aquiles Moraes e João Camarero.

Alberto Salgado: “História do vento” (Alberto Salgado e Artur Maia) – Sobradinho (DF)

Compositor, multi-instrumentista, arranjador, professor de violão. Começou a carreira artística em 1999, com influências rítmicas da bossa-nova, samba, afro-samba, mantras-percussivos e ritmos da capoeira. Brasiliense de Sobradinho, Alberto Salgado passou a ser mais notado em 2014, quando lançou. Além do quintal, o CD de estreia. Em 2017, lançou seu segundo álbum da carreira, “Cabaça d’Água”, gravado em Brasília, com direção de Kiko Klaus e patrocínio do Fundo de Apoio à Cultura da Secretaria de Cultura do Governo de Brasília (FAC). Com repertório variado, composto em parceria com nomes como Chico César, Arthur Maia e Climério Ferreira, o disco recebeu elogios da crítica e de artistas como Chico Buarque.

Roze: “Canção da vida” (Raimundo Monte Santo e Fábio Paes) – Tucano (BA)

Cantora, possuidora de um estilo próprio no ato de interpretar as canções que lhe tocam a alma, declara-se guiada por uma voz afinadíssima que vara o silêncio de seu interior catingueiro, impulsionando-a a cantar. "O meu canto é uterino. A minha garganta apenas permite a passagem daquela voz que grita , lamenta e canta dentro de mim. Eu canto mesmo é pelo umbigo". Roze iniciou suas apresentações públicas ao lado de Gereba no início da década de 70. Após várias participações em eventos no circuito universitário local e em teatros, estreou em disco participando do LP de Carlos Pita., "Águas de São Francisco", em 1979.

Patrícia Moreyra: “Omamanauê” (Patrícia Moreyra) – Paraíba (JP)

Patrícia Moreyra é dona de uma das mais belas vozes da música paraibana (e quiçá nordestina). É uma das mais populares de sua geração, geração que destacou a saudosa Glória Vasconcelos e a hoje cantora gospel Mônica Melo, entre outras. Lançou seu disco Espelho em 2000. No ano de 2003, participou da ‘Fiesta Latina’ no sul da França, onde levou o projeto “Cantando à Paraíba”, no qual interpretava músicas de grandes compositores paraibanos como Pedro Osmar, Adeildo Vieira, Vital Farias, Paulo Roberto, entre outros. Neste mesmo ano foi lançado seu segundo disco, Uma Saudade.

Em 2009, Patrícia apresentou ao público seu espetáculo musical ‘Couleur Café’ que faz uma bela colagem da MPB com a música francesa e que rendeu a Patrícia Moreyra elogios de crítica, de público e dos músicos.

Glaucia Nasser: “Clareia” (César Braga/Gláucia Nasser/Marta Costa) – Patos de Minas (MG)

Cantora e compositora, iniciou sua carreira artística em 2003, quando lançou seu primeiro CD, “Glaucia Nasser”. Em 2006, lançou “Bem Demais”, e, em 2008, “A Vida Num Segundo”, cuja canção “Amor Fugaz” lhe rendeu os prêmios de Cantora Revelação e Melhor Música no Projeto Quartas Musicais. Em 2011, lançou “Vambora”, que representou um crescimento significativo em sua carreira no mercado independente. Todos os álbuns foram gravados e lançados de forma independente.

Glaucia Nasser conquistou também o mercado internacional. Participou da coletânea “Acoustic Brazil” (2003), do selo nova-iorquino Putumayo, ao lado de nomes como Caetano Veloso, Gal Costa, Paulinho da Viola, Chico Buarque, dentre outros. A canção escolhida para essa coletânea fez parte também da trilha sonora de “The Visitor”, do diretor Thomas McCarthy.

Carlos Bolão: “Corações espirituais” (Carlos Bolão e Ênio Flávio) – Belo Horizonte (BH)

Carlos Bolão desde cedo interessou-se pela arte da percussão. Estudou música na Fundação Clóvis Salgado, ao terminar os estudos, viajou para o Rio de Janeiro onde em pouco tempo já estava tocando com grandes nomes da Música Popular Brasileira como Erasmo Carlos, Fafá de Belém, Alcione, Jorge Ben Jor, Moraes Moreira, Toninho Horta e Caetano Veloso com quem participou em gravações e em turnês internacionais ( Itália, França, Suécia, Alemanha e Estados Unidos).

Pulsação, nome do seu primeiro disco, lançado em 2010, reúne canções feitas por Bolão durante toda a sua carreira musical. No repertório estão presentes desde parcerias com grandes nomes da MPB, como Sim/não Badauê (Caetano Veloso) e Batuqueiro (Moraes Moreira), até músicas inéditas feitas ao lado de novos compositores mineiros, como O Samba Aconteceu (Marcelo Jyran) e Sou de África (Renato Rosa). Os arranjos do disco e do show são marcados pelo suingue, característica forte na música do artista.

Passo Torto: São Paulo (SP)

Passo Torto é um grupo brasileiro de MPB. A banda é composta por Kiko Dinucci, Rodrigo Campos, Romulo Fróes e Marcelo Cabral. A reunião dos músicos resultou em um álbum lançado no Brasil em 2011, o álbum é resultado de anos de parceria e afinidade musical entre os integrantes que já colaboraram entre si em seus próprios álbuns. Produzido pelo próprio grupo e por Maurício Tagliari, o disco foi gravado, mixado e masterizado por Carlos “Cacá” Lima no YB Studios em 2011.

No dia 8 de novembro de 2011, o álbum foi lançado na Internet e oferecido de forma gratuita. Em agosto de 2015, o grupo acompanhado da cantora Ná Ozzetti lançou seu terceiro registro intitulado "Thiago França". A produção ficou a cargo da banda e gravação, mixagem e masterização foram capitaneados por Carlos "Cacá" Lima, novamente nos estúdios YB (SP).

Madalena Moog: “Ela só pensa em namorar” (Escurinho/Patativa Moog) – João Pessoa (PB)

A banda Madalena Moog foi formada no início de 2001. É, portanto, uma banda que participa há algum tempo do cenário independente de João Pessoa. O seu mentor, Patativa Moog, não é paraibano de nascença, mas é de vivência. Mora no centro histórico da cidade e tem o privilégio de ser quase vizinho de um dos principais pontos de encontro de figuras interessantes do lugar: a Cachaçaria Philipéia.

Philipéia de Nossa Senhora das Neves é o nome colonial da capital paraibana.

Philipéia, o disco de Madalena Moog, funciona como ode a João Pessoa e como homenagem à cachaçaria, que por si só também é uma ode a João Pessoa. O som se distancia cada vez mais do rock dos primeiros discos, e abraça uma coisa mais light, mais samba, mais carnaval. As letras, mesmo quando não falam sobre a cidade, falam sobre a cidade.

Naldinho Braga: “Manacá” (Naldinho Braga) – Cajazeiras (PB)

Naldinho Braga é o nome artístico de Elinaldo Menezes Braga, que é um músico e compositor paraibano.
Na sequência, fragmento (levemente adaptado) de texto escrito por Adeildo Vieira, também músico e jornalista.

“Naldinho foi Integrante e um dos fundadores do grupo “Tocaia da Paraíba”, onde exercitava, ao lado do compositor, arranjador e cantor Erivan Araújo, uma instigante alquimia inventiva que resultava numa profusão de sonoridades capaz de nos levar à dança em cometimentos de jazz sertanejo ou mesmo tanger bois imaginários ao som de neoaboios. Tempos depois fui presenteado pelo compositor com um cd do grupo “Apocalipse”, do qual era contrabaixista e que o denunciava como devoto do rock. Ainda mais tarde, o descobri como pesquisador da cultura popular, trazendo a luz para bandas cabaçais que insistem em manter-se vivas no sertão da Paraíba.

Comunicação Social do TJMA
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