Servidoras da Segurança Institucional do TJMA participam de capacitação para identificar fatores de risco de feminicídio
Formação reforça atendimento humanizado e contribui para a prevenção de violências graves contra mulheres no âmbito do Judiciário
Publicado em 16 de Out de 2025, 8h00. Atualizado em 17 de Out de 2025, 9h51
Por Flávia Brandão
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foto/divulgação: ESMAM
O Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA), por meio da Escola Superior da Magistratura (ESMAM), promoveu, nos dias 14 e 15 de outubro, o curso “Fatores Preditivos para Feminicídio ou Violências Gravosas”, voltado às servidoras da Diretoria de Segurança Institucional (DSIGM).
A formação foi conduzida pela assistente social e ouvidora da Mulher do TJMA, Danyelle Bitencourt, e teve como foco capacitar profissionais para reconhecer e analisar fatores de risco em situações de violência doméstica e familiar, de forma a garantir atendimento humanizado e não revitimizante às mulheres em situação de vulnerabilidade.
“Este é um curso aprofundado sobre os fatores de risco preditivos para violências graves ou feminicídios, destinado especificamente a policiais femininas da Diretoria de Segurança Institucional. Elas estão na linha de frente do atendimento a magistradas e servidoras que enfrentam situações de violência”, destacou a formadora.
A capacitação integra as ações do Programa Desperta Maria!, desenvolvido em parceria entre a CEMULHER-TJMA, a Ouvidoria da Mulher e a Diretoria de Segurança Institucional, e reforça a política institucional de proteção e acolhimento a magistradas e servidoras.
Durante o curso, as participantes discutiram conceitos de gênero, legislação, análise de risco e estratégias de atendimento humanizado, com uso de metodologias ativas, estudos de caso e situações reais vivenciadas no dia a dia.
“Fazer parte desse atendimento exige preparo e sensibilidade. O curso é de extrema importância para nós, policiais femininas da Diretoria de Segurança, porque trabalhamos diretamente com acolhimento de servidoras e magistradas que vivenciam algum tipo de violência”, avaliou a policial Maristela Martins, participante da formação.
Para Danyelle Bitencourt, a ação reflete o compromisso do TJMA com a prevenção ao feminicídio e o fortalecimento da rede de proteção às mulheres. “Falamos sobre gênero, violência doméstica e os fatores de risco para o crime de feminicídio, para que elas consigam reconhecer esses sinais no exercício da profissão e atuar com mais segurança e empatia”, concluiu.
De acordo com o Atlas da Violência 2024, mais de 144 mil mulheres sofreram violência doméstica no Brasil em 2022, sendo 62% delas negras. A maioria dos crimes foi cometida por parceiros ou ex-parceiros, o que reforça a urgência de formações como esta no enfrentamento à violência de gênero.
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