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TJ e SEDIHPOP firmam parceria para melhoria do sistema socioeducativo

Publicado em 19 de Jul de 2022, 13h00. Atualizado em 20 de Jul de 2022, 12h31
Por Juliana Mendes


Em solenidade realizada na tarde dessa segunda-feira (18), o Poder Judiciário do Maranhão e o Poder Executivo assinaram duas Resoluções voltadas à melhoria do sistema socioeducativo do Maranhão. A formalização da parceria teve a participação do presidente do Tribunal de Justiça do Maranhão, desembargador Paulo Velten; da secretária-adjunta de Direitos Humanos e Participação Popular (SEDIHPOP), Lissandra Leite, representando a secretária estadual Amanda Costa; do coordenador do Departamento de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário e do Sistema de Execução de Medidas Socioeducativas do Conselho Nacional de Justiça (DMF/CNJ) juiz Luis Geraldo Sant’ana Lanfredi; do coordenador-geral da Unidade de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário (UMF/TJMA), desembargador Ronaldo Maciel; do corregedor-geral da Justiça, desembargador José de Ribamar Froz Sobrinho, e outras autoridades.

A Resolução n° 73 de 18 de julho de 2022 foi assinada conjuntamente pelo TJMA e SEDIHPOP, dispondo sobre diretrizes e normas gerais para a criação, implementação e execução da Central de Vagas no Sistema Estadual de Atendimento Socioeducativo, no âmbito do Poder Executivo, disciplinando os procedimentos administrativos e judiciais para ingresso e transferência dos adolescentes internados provisoriamente, em cumprimento de internação definitiva, semiliberdade, internação provisória e em internação sanção. 

Já a Resolução n° 74 de 18 de julho de 2022, assinada pelo TJMA, estabelece diretrizes e procedimentos para a realização de audiências concentradas de reavaliação das medidas socioeducativas de internação e semiliberdade de adolescentes, no âmbito do Poder Judiciário do Estado do Maranhão.

A secretária-adjunta da SEDIHPOP, Lissandra Leite, afirmou que a medida representa um ato fundamental para a garantia de direitos dos (as) adolescentes que cumprem medidas socioeducativas no Maranhão, frisando o papel do sistema de Justiça que deve acolher e colocar à disposição deles(as) a melhor assistência, que inclui unidades de atendimento adequadas e sem superlotação, o que contribui para seu retorno à sociedade. “Entendemos que quando um(a) adolescente chega ao conflito com a lei é porque a sociedade deixou de garantir seus direitos básicos como saúde, educação, lazer e cultura, e nesse momento em que ainda precisam e podem conseguir se restabelecer e construir um futuro”, pontuou. 

Para o juiz Luis Geraldo Sant’ana Lanfredi, coordenador do DMF/CNJ, os dois normativos balizam a atuação junto ao sistema socioeducativo, que deve ser especializada com base no marco constitucional da proteção da infância e adolescência, exigindo uma atenção especial do estado por meio de ações positivas e de caráter pedagógico. “A Central de Vagas do sistema socioeducativo nasceu de um HC que determina que nenhuma unidade de internação de adolescentes deve ultrapassar sua capacidade, reconhecendo que isso conspira e sabota o funcionamento da estrutura e não permite que o estado assegure o seu desenvolvimento”, observou. 

“Com as audiências concentradas, temos uma ação específica que busca difundir o modelo de atuação para o primeiro contato do juízo com o adolescente, disponibilizando os serviços de atendimento imediatos e criar condição especial para que a própria Justiça ofereça saídas”, avaliou o juiz a respeito da Resolução N° 74/2022.

O presidente do TJMA, desembargador Paulo Velten, ressaltou que as duas resoluções reforçam o trabalho em rede desenvolvido no estado e voltado à proteção integral do adolescente em conflito com a lei, com caráter colaborativo e comprometido com o resgate daqueles (as) que não receberam a atenção devida das instituições públicas e sociais. Ele ressaltou o trabalho do desembargador Ronaldo Maciel e equipe de juízes coordenadores da UMF/TJMA Douglas de Melo Martins e José dos Santos Costa junto aos sistemas carcerário e socioeducativo. “As instituições são feitas por pessoas e cabe a nós desenvolvermos o melhor possível para atuar com eficiência no processo e eficácia nos resultados a fim de buscarmos um patamar mais civilizado e futuro melhor para as gerações atuais e futuras”, avaliou.

O desembargador Ronaldo Maciel, coordenador-geral da UMF, ressaltou que o sistema socioeducativo do Maranhão já opera dentro da capacidade, com uma taxa de ocupação de 59%, resultado da atuação dos magistrados(as) da infância e juventude. “É um marco importante e demonstra o pioneirismo do Maranhão nas pautas de defesa dos sistemas carcerário e socioeducativo que também representa a defesa dos direitos humanos”, frisou. 

“Se conseguimos manter o sistema dentro da capacidade teremos uma melhor socioeducação e adolescentes que saem com formação em cidadania na busca da garantia de seus direitos e distantes do conflito com a lei. As audiências concentradas são um mecanismo garante a avaliação sistemática da internação, que deve ser excepcional pois é uma primordial para a liberdade sem a qual se inviabiliza a maturidade desses adolescentes”, avaliou o juiz coordenador do sistema socioeducativo e titular da 2ª Vara da Infância e Juventude da capital, José dos Santos Costa. 

A solenidade também contou com as presenças dos desembargadores Vicente de Castro (coordenador da Infância e Juventude do TJMA) e Gervásio Santos; da juíza auxiliar da presidência do Tribunal de Justiça da Paraíba, Michelini de Oliveira representando o presidente, desembargador Saulo Henriques Benevides; dos juízes Douglas de Melo Martins e Fernando Mendonça; da juíza Ticiany Gedeon; do defensor público geral do Estado, Gabriel Furtado; da secretária municipal de Assistência Social de São Luís, Ana Carla Figueiredo; da presidente da Fundação da Criança e do Adolescente (FUNAC), Sorimar Saboia; da presidente do Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente, Verônica da Silva; da representa do Conselho Municipal da Criança e do Adolescente, Keila Carvalho; da representante da Rede Maranhense de Justiça Juvenil, Carla Costa Pinto, além de servidores e servidoras do Judiciário local e CNJ.

Acesse o álbum completo no link disponível na imagem abaixo:

Assinatura das Resoluções da Central de Vagas / Audiências Concentradas - Socioeducativo

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