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Judiciário entrega títulos à população do bairro Campo Verde, em Itapecuru-Mirim

Foram entregues 75 registros imobiliários, beneficiando famílias do habitacional Lauand Fonseca

Publicado em 10 de Nov de 2025, 11h30. Atualizado em 10 de Nov de 2025, 11h50
Por Letícia Araújo

“Agora essas casas são de vocês, de fato e de direito”. Dessa forma, a coordenadora-geral do Núcleo de Governança Fundiária (NGF), desembargadora aposentada Oriana Gomes, representando o presidente do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA), desembargador Froz Sobrinho, definiu a conquista da regularização fundiária do habitacional Lauand Fonseca, bairro Campo Verde, em Itapecuru-Mirim. Os títulos de propriedade foram entregues aos moradores no dia 7 de novembro, na sede da igreja Assembleia de Deus.

Nesta primeira etapa da entrega dos registros imobiliários, o Judiciário maranhense, por meio do Núcleo de Governança Fundiária (NGF), em parceria com a prefeitura de Itapecuru-Mirim, garantiu 75 títulos fossem entregues, contemplando 150 lotes.

Compuseram a mesa de abertura, a desembargadora aposentada Oriana Gomes; a juíza titular da 1ª Vara de Itapecuru-Mirim, Jaqueline Rodrigues da Cunha; o prefeito de Itapecuru-Mirim, Fillipe Marreca; a primeira dama do município, Débora Espíndola; o secretário de governo, Júnior Maranhão; o secretário de Administração e Fazenda, Alisson Ferreira; os vereadores Edilson Coelho e Irmão Antônio; e a representante da Associação de Moradores do bairro Campo Verde, Antônia Lima. 

Para a juíza titular da 1ª Vara de Itapecuru-Mirim, Jaqueline Rodrigues da Cunha, a iniciativa é resultado da harmonia entre os poderes que, visando o bem-estar da comunidade, busca garantir segurança jurídica e cidadania da população.

“O Poder Judiciário, o Poder Executivo e o Poder Legislativo são harmônicos, nós trabalhamos juntos e quem colhe os frutos pelos serviços prestados é a população. Estamos aqui para servir vocês, servir a população, então, essa ação é motivo de muita alegria para a Justiça maranhense”, afirmou.

Segundo informações do Programa de Regularização Fundiária (Tô de Título), do município de Itapecuru-Mirim, antes de ser habitada pelos moradores, a região era um lixão. A terra foi cedida pelo município, os materiais foram doados pelo Estado e as casas construídas pela própria comunidade.

(Foto: Ascom - Prefeitura de Itapecuru-Mirim)

A representante da Associação de Moradores do bairro Campo Verde, de Itapecuru-Mirim, Antônia Lima, compartilhou que a comunidade aguardava a entrega dos títulos com expectativa. “Esperamos muito por esse momento. É uma satisfação receber esse documento, que é uma grande conquista em nossas vidas”, disse.

A moradora Maria das Dores Cruz Pereira, de 72 anos, contou que receber o registro do seu imóvel, onde vive há mais de 20 anos e criou sua família, foi a realização de um sonho antigo.

“Quem primeiro se mudou para esse conjunto fui eu, há mais de 20 anos. Naquele tempo não tinha água, não tinha luz e a casa não estava nem concluída. Estou muito feliz em receber o título verdadeiro da minha residência, porque se eu fosse pagar sairia muito caro. Agora eu posso dizer que é minha e ninguém toma”, disse.

MAIS DIGNIDADE E CIDADANIA

Durante a cerimônia, o prefeito de Itapecuru-Mirim, Fillipe Marreca, compartilhou que, em diálogo com a equipe do programa de regularização fundiária, buscaram iniciar as ações pelo local onde as pessoas mais precisassem e o habitacional Lauand Fonseca foi escolhido. Ele agradeceu a parceria com o Poder Judiciário e anunciou que, além dos títulos, o objetivo da ação é entregar também progresso, com trabalho de asfaltamento, inauguração de uma nova creche e iluminação na área.

A maioria dos títulos foram entregues no nome das mulheres, que chefiam quase metade dos lares brasileiros. É o caso de Sueli Almeida da Costa, que criou os filhos no bairro Campo Verde e agora cria os netos. “Agora eu posso dizer que tenho uma casa no meu nome. É um sonho realizado”, declarou.

A igreja Assembleia de Deus, onde a cerimônia foi realizada, também foi contemplada com o registro do imóvel de forma gratuita. O pastor responsável pela congregação definiu a iniciativa como uma vitória para a comunidade.

“Agradecemos profundamente pela realização dessa iniciativa e louvamos a Deus por receberem vocês aqui na nossa congregação para a regularização desta área. Parabéns a todos e a todas”, disse.


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