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Toada Talk aborda uso de Inteligência Artificial e ferramentas digitais no trabalho judicial

Em sua 3ª edição, evento promovido pelo Toada Lab contou com palestra de Rodrigo Alencar e abertura conduzida pelo juiz José Jorge Figueiredo dos Anjos

Publicado em 11 de Nov de 2025, 11h00. Atualizado em 11 de Nov de 2025, 11h10
Por Danielle Limeira

O Laboratório de Inovação do Tribunal de Justiça do Maranhão (Toada Lab/TJMA) realizou, nessa segunda-feira (10/11), a 3ª edição do Toada Talk, com o tema “Inteligência Artificial e Ferramentas Digitais para Elaboração de Sentenças e Votos”. O encontro virtual reuniu magistrados, magistradas, servidores e servidoras interessados em conhecer novas soluções tecnológicas voltadas ao aprimoramento da atividade judicial.

A abertura do evento foi conduzida pelo juiz auxiliar da Presidência e coordenador do ToadaLab, José Jorge Figueiredo dos Anjos Júnior, que destacou a importância do Toada Talk como espaço de troca de experiências e incentivo à inovação.

O Toada Talk é um espaço para agregar informações e conhecimentos, voltado principalmente a subsidiar uma melhor atuação nas atividades judiciais, de gestão e de minutagem dos gabinetes de primeiro e segundo graus, além das áreas administrativas. As ferramentas apresentadas aqui podem ser adaptadas a diferentes setores do Judiciário”, enfatizou o magistrado.

O palestrante convidado, Rodrigo Alencar, supervisor jurídico do Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região (TRT/RJ) e fundador da plataforma @hubdoservidor, compartilhou práticas e ferramentas digitais que vêm transformando o modo de trabalho de magistrados/as e equipes de gabinete. Ele iniciou sua exposição ressaltando a importância de observar os parâmetros da Resolução n.º 615/2025 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que estabelece diretrizes para o uso ético e seguro da inteligência artificial no âmbito do Judiciário.

Durante a palestra, Alencar apresentou a ferramenta Remove10, desenvolvida por sua equipe no @hubdoservidor, que permite anonimizar processos judiciais de forma local e segura, diretamente na máquina do usuário, sem envio de dados a servidores externos.

Se temos como norte segurança extrema com o dado, o ideal é que esse procedimento de anonimização ocorra localmente. Pensando nisso, a @hubdoservidor desenvolveu a ferramenta, garantindo a segurança da informação e o respeito à confidencialidade dos dados processuais”, explicou o palestrante.

Outra solução destacada foi o uso de prompts personalizados para chats de IA, criados com o objetivo de sumarizar as principais peças da fase de conhecimento de um processo. Um prompt é o comando ou a instrução que você dá para a inteligência artificial dizer ou fazer algo. A ferramenta, segundo Alencar, organiza automaticamente dados da petição inicial, contestação, réplica e instrução, gerando um resumo ordenado e adaptável também para a Justiça comum.

Além dessas, o palestrante apresentou outras aplicações digitais voltadas à automação de tarefas e à otimização do fluxo de trabalho nos gabinetes judiciais, demonstrando como pequenas soluções podem gerar ganhos significativos de produtividade e qualidade na elaboração de decisões.

O evento foi transmitido ao vivo pela plataforma Google Meet e permanecerá disponível no canal do TJMA no YouTube, onde os participantes e interessados/as podem ver e rever as ferramentas demonstradas e os principais pontos abordados na palestra.

A iniciativa integra o conjunto de ações do ToadaLab, voltadas à disseminação da cultura de inovação e à incorporação de novas tecnologias no cotidiano do Poder Judiciário maranhense. Mais informações podem ser solicitadas pelo e-mail toada.lab@tjma.jus.br.

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