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Na data em que completa 211 anos de instalação, o Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA) abre suas portas com a Exposição 211 anos, que vai até 20 de dezembro, com visitação pública aos domingos (manhã) e disponível em formato virtual. A abertura da Exposição 211 Anos foi realizada nesta segunda-feira (4/11), pelo presidente do TJMA, desembargador Froz Sobrinho, durante o encerramento da programação alusiva ao aniversário da terceira corte de Justiça mais antiga do país, que também contou com lançamento de dois livros (físico e e-book), pelo ministro Reynaldo Soares, do Superior Tribunal de Justiça (STJ). 

A Exposição 211 Anos foi montada no Salão Nobre e corredores do andar térreo do prédio-sede, contando com obras do acervo do TJMA, de autoria dos artistas Péricles Rocha, Rogério Martins, Beto Lima e Jesus Santos, e obras do projeto “Tribunal em Linhas”, criadas pelos artistas Alex Soares, Bianca Bogéa, Carol Gama, Jailton Nogueira, Luiz Santos, Luiz Silva Diniz, Matheus Sousa Silva, Regina Borba, Ricardo Bogéa, Roseane Bastos, Társis Aires, Tatiana Medeiros e Will Barros, do grupo Urban Sketchers (foto abaixo), movimento que reúne desenhistas e ilustradores dedicados a registrar o mundo ao seu redor e o cotidiano de forma espontânea e pessoal, desenhando ao ar livre, in loco. 

O presidente do TJMA, desembargador Froz Sobrinho, pontuou que a exposição, com curadoria de Félix Alberto, Luís Carlos Matucke e do desembargador Lourival Serejo, representa uma oportunidade de a comunidade maranhense conhecer o acervo e a história do Tribunal de Justiça. “Além dos livros, dos processos, dos gabinetes, existe arte nesta casa. Aqui é um palácio de artes, com esculturas, gravuras, pinturas e fotografias, que estavam somente com quem adentrava o palácio e agora será aberto ao público”, ressaltou. 

O desembargador Lourival Serejo pontuou o gesto de sensibilidade com a escolha da exposição como forma de celebrar os 211 anos de instalação do TJMA, com uma homenagem à arte maranhense e seu compartilhamento com a sociedade, ressaltando o poder da arte de transcender barreiras, tocar almas e despertar emoções, ressaltando o estilo e história dos artistas Péricles Rocha, Rogério Martins, Beto Lima e Jesus Santos. “Cada obra carrega consigo uma história, uma mensagem, um fragmento da aula de seu criador, obras que nos convidam a mergulhar em um universo de cores, formas e texturas, cada uma delas representando um diálogo silencioso entre o artista e o observador. Nos quadros aqui expostos encontram-se muito mais do que os traços que nos impressionam, está presente a poesia, que emerge de cada cultura”, ressaltou.

A artista Regina Borba, integrante do grupo Urban Sketchers, ressaltou que o convite para participar da produção de artes sobre o Tribunal de Justiça também representou uma oportunidade para os artistas conhecerem melhor a corte judicial. “Eu sempre passei por aqui e achava um lugar distante, e com a exposição, eu acho que aproxima mais o Tribunal das pessoas, foi interessante para conhecer os detalhes tanto dentro quanto fora, uma experiência enriquecedora”, definiu.

“O meu desenho foi nas técnicas hachuras e aquarela, que trabalhei pela primeira vez, e foi muito trabalhoso porque o prédio tem muitos detalhes que a gente só nota com um olhar bem experiente”, avaliou o artista Luiz Diniz.

O encerramento da solenidade contou com apresentação cultural no átrio do prédio-sede, com o grupo “Regional Tira-Teima”, mais antigo grupo de choro em atividade no Maranhão.

Álbum completo do fotógrafo Ribamar Pinheiro -abertura do vernissage

LANÇAMENTOS

Com a presença do ministro Reynaldo Soares da Fonseca, o evento também contou com lançamentos  do livro físico “Estudos Sobre as Aplicações Jurídicas da Fraternidade – Uma Homenagem aos Professores Reynaldo Soares da Fonseca e Marcelo Navarro Ribeiro Dantas”; e o e-book  “Falando Direito – Nossos Tempos, Nossos Direitos na Linha da Vida”, organizado por Rafaela Silva Brito e Sandra Taya, com a coordenação do ministro Reynaldo Soares da Fonseca e do magistrado Fábio Francisco Esteves.

O ministro Reynaldo Soares ressaltou as histórias, resolução de desavenças e políticas públicas criadas ao longo dos 211 anos do TJMA, que nasceu como órgão de acusação, mas se redescobriu como órgão de defesa da sociedade e da ordem jurídica, atualmente um modelo multi portas de acesso à justiça, que utiliza de alternativas como mediação e conciliação e ao lado das demais instituições do sistema de Justiça. “E hoje o caminho só pode ser um, que é o caminho dos estudos e a aplicação do princípio da fraternidade, que a própria contribuição brasileira nos resgata no seu caminho quando aponta aos valores da nossa república federativa, o sentido de construção da sociedade fraterna em busca das soluções pacíficas para as controvérsias”, frisou.

O livro físico “Estudos Sobre as Aplicações Jurídicas da Fraternidade – Uma Homenagem aos Professores Reynaldo Soares da Fonseca e Marcelo Navarro Ribeiro Dantas” foi publicado na versão impressa e em ebook, pela Editora Fundação Fênix, contando com 298 páginas, 14 capítulos e 24 autores, e explora as diferentes aplicações e dimensões jurídicas da fraternidade, com a contribuição dos diversos autores.

Também participaram da solenidade o corregedor-geral da Justiça, desembargador José Luiz Almeida; o corregedor-geral do Foro Extrajudicial, desembargador José Jorge Figueiredo dos Anjos; o procurador-geral do Estado do Maranhão, Valdemiro Caminha, representando o governador do Estado do Maranhão, Carlos Brandão; o subprocurador-geral de Justiça para Assuntos Jurídicos, Orfileno Bezerra Neto; o diretor do Fórum Federal da Seção Judiciária do Maranhão, juiz Jorge Ribeiro da Silva; a vice-presidente da OAB/MA, Tatiana Maria Pereira, o presidente da Associação dos Magistrados do Maranhão, juiz Holídice Barros, desembargadores, desembargadoras, juízes, juízas, servidores e servidoras.

Álbum completo - lançamentos de livros

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