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Na manhã desta sexta-feira (27/9), estagiários, estagiárias e residentes do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA) e estudantes do curso de Direito da UEMA reuniram-se no auditório do Centro Administrativo do TJMA para participar do lançamento do projeto Leituras e debates literários com o desembargador Lourival Serejo, com a discussão da obra A metamorfose de Franz Kafka.

Essa foi a primeira sessão do projeto idealizado pela Coordenadoria de Gestão da Memória e Biblioteca, que visa promover o desenvolvimento cultural e intelectual dos participantes, através da leitura e do debate de grandes obras literárias.

A mediação foi realizada pelo desembargador Lourival Serejo, que assim como o autor do clássico literário "A metamorfose”, divide o interesse de atuação entre a carreira jurídica e a literatura. O magistrado é também presidente da Academia Maranhense de Letras, membro fundador da Academia Maranhense de Letras Jurídicas, da Academia Imperatrizense de Letras e da Academia Vianense de Letras.

Sobre a ação, o desembargador definiu a iniciativa como algo positivo e capaz de “trazer a literatura como motivo de debates e de discussão, de tomar uma consciência crítica da situação contemporânea com base em autores clássicos, com base em dados e mensagens trazidas pelas grandes obras da literatura universal", disse. 

A METAMORFOSE 

Durante o momento de debate sobre a obra, foram destacados os ensinamentos que podem ser apreendidos com a novela, iniciando uma discussão sobre a relação da classe trabalhadora e sua exploração pelo patrão, bem como a crítica à família burguesa, a rejeição e a desumanização que as relações sociais podem promover. 

Além de estagiários, estagiárias e residentes do TJ, estudantes do curso de Direito da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA) participaram do momento, acompanhados da professora da disciplina Produção de textos jurídicos da universidade, Renata Barreto. 

A estudante do terceiro período do curso, Laila de Carvalho, demonstrou satisfação com a realização do evento e elogiou a mediação do palestrante. “Foi muito cativante, foi extraordinário. Eu também fui estudante de Letras, então eu sei que essa interdisciplinaridade é muito importante para o nosso curso, para mostrar que o Direito não precisa ser tão burocrático e distante da realidade social e a literatura pode agregar nisso”, ressaltou.

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