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Roda de conversa celebra dia das mulheres negras no Judiciário

Evento reuniu mulheres negras no hall do Fórum Des. Sarney Costa

26/07/2023
Mateus Rocha

“A Representatividade das mulheres negras” no contexto de suas identidades e suas  trajetórias marcou as comemorações pelo Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra e Dia Internacional da Mulher Negra Latino-americana e Caribenha, celebrado nesta terça-feira, 25, pelo Poder Judiciário do Maranhão com uma roda de conversa que reuniu servidoras, magistradas, funcionárias terceirizadas e convidadas no hall do Fórum Des. Sarney Costa. 

O coordenador do Comitê de Diversidade, juiz Marco Adriano Ramos Fonsêca, falou da invisibilidade da mulher negra e reforçou a sua importância com a comemoração da data, reforçando o legado de Maria Firmina dos Reis e Tereza de Benguela para o Brasil. 

Organizado pelo Comitê de Diversidade do TJMA, o momento de diálogo promoveu música, poesia e relatos de vida com as histórias compartilhadas. A técnica judiciária lotada na Vara de Interesses Difusos e Coletivos Giorlinda Ferro trouxe relatos de vida e do seu cotidiano no Judiciário maranhense ao observar a representatividade de se ter uma servidora negra em um cargo de assessoria, ao se referir a colega de trabalho Rosyneves Azevedo, considerando o racismo estrutural nas instituições públicas e em outros espaços.

As ações foram conduzidas pelas servidoras e membras do Comitê de Diversidade do TJMA, Bianca Bezerra e Joseane Cantanhede, com o objetivo de fomentar espaços de encontros com temáticas que busquem pautar e fortalecer as iniciativas antidiscriminatórias.

Fortalecimento traduzido pela Bibliotecária da Esmam Joseane Cantanhede, por meio da afetividade. “Afeto também é revolucionário, afeto também é política”, resumiu.
Para Bianca, o encontro oportunizou que as mulheres negras do próprio Judiciário conhecessem suas trajetórias e se reconhecessem como protagonistas de suas histórias.

VÍDEO INSTITUCIONAL

O vídeo produzido pela Assessoria de Comunicação do TJMA com apoio do Comitê, com o tema “Se reconhecer negra para pertencer” foi apresentado e trouxe falas em que as participantes destacam suas falas enquanto mulheres negras e a necessidade da garantia de direitos. Assista:

 

A funcionária terceirizada Adriana Silva ressaltou o quanto é enriquecedor se reconhecer e se amar como mulher negra. Ela foi uma das mulheres que compartilhou um pouco da sua história na roda de conversa.

“Uma mobilização maior por políticas inclusivas e reparadoras que garantam o acesso da mulher preta, efetivamente, em todas as esferas de poder” foi o que lembrou a desembargadora Ângela Salazar na sua fala.

A assistente social Joseane Abrantes enfatizou que o Dia da Mulher Negra representa força, beleza, luta e resistência. A juíza Suely Feitosa (8º Juizado Cível de São Luís ) destacou a força e a fortaleza da mulher negra em seguir em frente cada vez mais ocupando o espaço que almejar e com uma plena trajetória de sucesso. E nessa perspectiva ela contou um pouco das suas vivências até chegar à magistratura, no encontro que marcou a data de 25 de julho.

Dignidade e honra junto com determinação em estudar formaram a mensagem da juíza Oriana Gomes, (4ª Vara da Fazenda Pública do termo Judiciário de São Luís), traduzida na sua fala às mulheres presentes também na roda de conversa.

A juíza Ana Maria Vieira  (6ª Vara da Fazenda Pública do termo Judiciário de São Luís-  2º Cargo), traduziu a mulher negra como guerreira. 

Luzanira Matos, funcionária terceirizada, trouxe em sua fala o respeito. Georlinda Ferro, servidora da Vara de Interesses Difusos e Coletivos, destacou o “ser negra e livre”. Bianca Bezerra, servidora da 2ª Vara da Família e membra do Comitê de Diversidade falou sobre a data como uma forma de resistir e avançar a partir do se reconhecer negra para pertencer.

CONVIDADAS

A representante do Grupo de Mulheres Pretas Mãe Andresa, Áurea Borges, parabenizou o Poder Judiciário do Maranhão pela iniciativa de “discussão, análise e acima de tudo prospecção para pensarmos a questão da mulher negra na sociedade”, observou Áurea.

A Diretora de Imprensa do Sindicato dos Servidores da Justiça do MA (Sindjus-MA), Leonice Medeiros, a Doutoranda e professora do Centro Universitário Estácio São Luís, Eliane Sá e as advogadas da OAB-MA - Margareth Almeida (Comissão da Verdade e da Mulher Negra), Nathusa Chaves (Comissão da Mulher) e Marcela Tavares (Comissão da Verdade e da Mulher Negra), também prestigiaram o evento.

O público presente teve, ainda, exposição de publicações com temáticas de Autoras Negras com acervo da Biblioteca da Escola Superior da Magistratura do Maranhão (Esmam), que foram organizados pelas bibliotecárias da Escola, Jakelina Portugal e Manoella Santos. 

Sorteio de livros com títulos antidiscriminatórios e música com a cantora Rayssa Jamile, Georlinda Ferro e o cantor Clayton Canhoto  encerraram o evento. 

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