A partir de 2025, os critérios para classificação da obesidade terão novos parâmetros de avaliação. Haverá duas classificações distintas: obesidade pré-clínica e obesidade clínica. A novidade proposta foi apoiada inicialmente em artigo científico publicado na revista The Lancet do Reino Unido através de sua Lancet Diabetes & Endocrinology Commission e visa publicar critérios clínicos bem definidos de manifestação do excesso de gordura corporal que permitem prevenção, tratamento e adoção de novas medidas de políticas públicas.
A primeira classificação engloba o excesso de adiposidade como fator de risco e considera aumento de gordura corporal sem disfunção de órgão(s), enquanto que a segunda considera o excesso de adiposidade e funcionamento inadequado de órgãos ou sistemas. Por sua vez, o excesso de gordura corporal é avaliado através da circunferência abdominal, da razão cintura-quadril e outras medidas diretas de medição de adiposidade.
Listamos a seguir algumas evidências de disfunções de órgãos que coexistem com o excesso de gordura corporal na obesidade:
- Hipertensão;
- Hipertensão pulmonar;
- Trombose venosa;
- Alterações metabólicas como o aumento do LDL, triglicérides ou níveis de glicose;
- Doença hepática gordurosa;
- Irregularidade menstrual, falta de ovulação, ovários policísticos;
-Deficiência de testosterona;
- Dores nos joelhos e quadril;
- Apnéia do sono;
- Falta de ar;
- Insuficiência cardíaca de fração reduzida;
- Ritmo cardíaco irregular.
Dessa forma, como medidas preventivas de complicações e disfunções de órgãos, podem ser citadas:
- Promover a alimentação saudável;
- Aumentar a atividade física;
- Fomentar a mobilidade urbana sustentável;
- Promover o aleitamento materno;
- Promover a diversidade da alimentação complementar;
- Promover ambientes alimentares e construídos mais saudáveis;
- Reduzir o consumo de alimentos ultraprocessados;
- Aumentar o acesso a alimentos in natura e minimamente processados.
Por sua vez, o tratamento da obesidade pode incluir:
- Alimentação saudável;
- Aumento da atividade física;
- Uso de medicamentos;
- Tratamento cirúrgico;
- Psicoterapia;
- Uso de suplementos nutricionais.