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Com roda de conversa sobre fibromialgia e alzheimer, na campanha “Fevereiro Roxo & Laranja”, a Diretoria do Fórum Des. Sarney Costa (Calhau) realizou nesta quarta-feira (19) a segunda edição do projeto “Dire Apoia”, uma iniciativa da gestão do fórum para promover saúde, segurança e cidadania e bem-estar no ambiente de trabalho.

O evento contou com a participação da médica geriatra Mariany Melo Oliveira e da enfermeira Lídia Raquel Lima e Sousa, que abordaram, respectivamente, sobre a demência de alzheimer e a fibromialgia, com ênfase na lei estadual nº 11543/21, que reconhece os portadores de fibromialgia como pessoas com deficiência.

A diretora do Fórum de São Luís, juíza Andréa Perlmutter Lago, destacou a importância do projeto “Dire Apoia” e de trazer para o ambiente do fórum discussões de temas como os apresentados na roda de conversa. A coordenadora do projeto, servidora Anatildes Lopes, disse que a próxima ação será a campanha “Março Lilás, mês de atenção especial à saúde da mulher, em especial o câncer do colo do útero.

A geriatra Mariany Oliveira falou sobre a importância de se identificar os fatores de risco modificáveis para a demência de alzheimer, como a perda auditiva, colesterol elevado, depressão, lesão cerebral traumática, sedentarismo, diabetes, hipertensão obesidade, excesso de álcool. Também são fatores de risco o isolamento social, a poluição do ar e a perda visual. Ela explicou que 80% das pessoas que têm demência possuem múltiplos fatores e muitos são influenciados pelo estilo de vida da pessoa. O avanço da idade é o maior fator de risco para o desenvolvimento da doença.

“Temos o cenário de doenças crônicas mais o envelhecimento. É uma soma de processos naturais e patológicos”, disse a médica, destacando que cada pessoa envelhece de uma forma; que cada indivíduo tem um envelhecimento próprio. Ela ressaltou que os números crescentes de demência são assustadores e que é importante olhar para as expectativas e não apenas focar nesse aumento, acrescentando que controlar as doenças crônicas reduz as chances de alzheimer. Também lembrou que o alzheimer acontece 20 anos da manifestação da demência.

A enfermeira e advogada Lídia Raquel Lima, servidora do Fórum de São Luís, falou sobre a fibromialgia e os principais pontos da lei estadual nº 11543/21, ressaltando que é uma doença incapacitante e que causa dores intensas.

Durante a roda de conversa, algumas servidoras que têm diagnóstico de fibromialgia deram depoimentos de como é o cotidiano de quem vive com a doença, o tratamento que fazem e as dificuldades enfrentadas. “É muito importante passarmos essas informações para que as pessoas entendam o contexto e a dinâmica de quem tem esse diagnóstico”, disse a servidora da Divisão de Serviço Social e Psicologia, Karine Porto, diagnosticada há 20 anos, mas em remissão da doença há 10 anos.

A Oficiala de justiça Flávia Bessa também compartilhou sua luta no tratamento da fibromialgia, cujos sintomas surgiram em 2011, mas que só teve um diagnóstico quase 10 anos depois. “É muito importante trazermos para o ambiente de trabalho discussões como essa, pois nos sentimos acolhidas e também para que nossos colegas de trabalho tenham conhecimento das dificuldades de quem tem a doença e para que compreendam nossas limitações”, afirmou.

A roda de conversa foi encerrada com a entrega de flores nas cores roxo e laranja e uma dinâmica de relaxamento mental, ministrada pela psicoterapeuta Daianny Jales.

A campanha “Fevereiro Roxo & Laranja”, mês de conscientização sobre a leucemia, fibromialgia, lúpus e alzheimer, procura conscientizar sobre o diagnóstico precoce dessas doenças, do acesso a tratamentos adequados, do suporte às famílias que lidam com essas condições, além da necessidade de pesquisas para encontrar novas terapias para os pacientes. A cor roxa representa a conscientização do lúpus, fibromialgia e do alzheimer e a cor laranja, da leucemia.

Valquíria Santana

Núcleo de Comunicação do Fórum de São Luís

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