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Renato Nalini defende ampliação do uso do registro civil

PALESTRA

Publicado em 10 de Dez de 2020, 0h00. Atualizado em 10 de Dez de 2020, 0h00
Por Fernando Souza

Durante sua exposição na Semana de Mobilização e Combate ao Sub-Registro, realizada na manhã desta quinta-feira (10/12), o desembargador José Renato Nailini foi enfático ao afirmar que o Registro Civil de Nascimento é “o direito a ter direitos”. O magistrado também destacou o universo de possibilidades que a Certidão de Nascimento e o serviço registral podem proporcionar, tanto para o cidadão, quanto para ações do Estado, com base em sistemas de informação e comunicação, podendo contribuir para o desenvolvimento da nação.

Segundo Nalini, a legislação evoluiu e possibilitou melhorias em diversas frentes, propiciando que os dados disponíveis sejam utilizados para inúmeras finalidades, inclusive no controle da população carcerária. Mas, para o magistrado, o uso correto dos dados traz como principal ganho a garantia do acesso a serviços básicos, como saúde e educação, e a melhoria da rede de assistência por parte do Poder Público.

Ele destacou que a gratuidade da Certidão de Nascimento constitui um dos principais avanços sociais em nosso país, pois favorece uma grande parcela desprovida de recursos financeiros. No entanto, lembrou que é necessário ampliar o acesso ao documento, com ficou explícito durante a pandemia, em razão da grande quantidade pessoas anônimas, que não possuíam documentos para assegurar o benefício social pago pelo governo.

Renato Nalini também foi enfático ao defender que os dados do registro civil constituem o mais fidedigno acervo de informações da cidadania brasileira, e sugeriu que ele poderia, inclusive, ser utilizado por órgãos como o IBGE para realização de inúmeros estudos sobre a população. Da mesma forma, a Justiça eleitoral poderia se valer do registro civil. “É o maior aliado da Justiça eleitoral. Nada impede que ele venha a ser por exemplo emissor do título e assuma o controle da regularidade eleitoral do cidadão. Afinal ele está sob a vigilância contínua do Poder Judiciário”, finalizou.

O corregedor-geral da Justiça, desembargador Paulo Velten, foi o moderador do painel e questionou sobre situações em que as mães, em algumas oportunidades, deixam de tirar a certidão porque desconhece paradeiro do pai. Sobre esse ponto, Nalini disse que é preciso trabalhar no esclarecimento da mãe, mostrando as consequências para criança da não emissão do documento e defendeu a possibilidade da obrigatoriedade, como forma de assegurar à criança o seu direito de cidadania.

A Semana de Mobilização e Combate ao Sub-Registro é promovida pela Corregedoria da Justiça do Maranhão, em conjunto com Tribunal de Justiça e Escola da Magistratura, e está sendo transmitido até esta sexta-feira (11/12) pela plataforma youtube.com/eadesmam. A iniciativa conta com a parceria da Associação de Registradores de Pessoas Naturais do Maranhão e com as secretarias de Estado da Saúde e de Direitos Humanos.

 

Assessoria de Comunicação
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