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Consepre debate as gravações de atos judiciais e as comarcas de difícil provimento

Cibersegurança e combate à desinformação também estavam na pauta

Publicado em 28 de Mar de 2025, 11h48. Atualizado em 28 de Mar de 2025, 11h58
Por Assessoria de Comunicação do TJSC

O XV Encontro do Conselho de Presidentes dos Tribunais de Justiça do Brasil (Consepre) abordou nesta quinta-feira à tarde, 27 de março, na sede do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC), importantes temas para o Judiciário estadual. Destaque para as gravações de atos judiciais, cibersegurança, combate à desinformação, atualização da comunicação social, combate à violência doméstica e comarcas de difícil provimento. O presidente do TJSC e do Consepre, desembargador Francisco Oliveira Neto, apresentou os palestrantes na Sala de Sessões Ministro Teori Zavascki. 

A imagem mostra uma sessão formal em um auditório, aparentemente de uma assembleia legislativa ou órgão governamental. No auditório, há várias pessoas sentadas em cadeiras vermelhas, enquanto, na frente, uma mesa grande acomoda autoridades e representantes. Dois telões exibem uma apresentação com o título "4 Eixos de Atuação" e a frase "300 metas cumpridas até dezembro de 2017". Bandeiras e arranjos florais decoram o fundo, destacando o caráter oficial do evento.

O ministro catarinense Marco Aurélio Gastaldi Buzzi, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), presidiu a mesa que contou com o conselheiro Pablo Coutinho Barreto, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), e o conselheiro Fernando da Silva Comin, do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). O primeiro tema em debate foi a proposta de resolução da captação e registro de imagens dos atos judiciais. O objetivo é assegurar a integridade, transparência e segurança das partes e dos operadores do direito. 

“A intenção é proteger os dados sensíveis, sem negar o acesso dos advogados e das partes à gravação dos atos judiciais. O entendimento é que a gravação deve ser feita pelos órgãos oficiais, Poder Judiciário e Ministério Público. Quando isso não for possível, por problema técnico ou qualquer outro motivo, a parte por meio do seu advogado poderia fazer o registro. Isso garantiria a integridade das imagens. O objetivo é levar a proposta ao plenário do CNJ e do CNMP ainda neste primeiro semestre”, afirmou o conselheiro Pablo Coutinho. 

A imagem mostra um ambiente formal de reunião ou conferência, com várias pessoas sentadas ao redor de uma grande mesa de madeira ornamentada, entre eles o presidente doo TJMA, desembargador Froz Sobrinho. A mesa possui entalhes intrincados e decorações, e há bandeiras de diferentes países posicionadas à frente de cada pessoa, sugerindo que pode ser um evento diplomático ou internacional. Um arranjo floral enfeita a mesa, e os participantes estão vestidos com trajes formais, incluindo ternos e gravatas. O fundo apresenta um painel de madeira escura, reforçando a atmosfera de seriedade e formalidade do local.

Presidente do TJMA, desembargador Froz Sobrinho (terceiro à frente), e juízes auxiliares, participam do evento

Na sequência, o procurador do MPSC e conselheiro do CNMP lembrou que o Brasil é o 2º país mais vulnerável a ataques cibernéticos. “A cibersegurança é uma necessidade que precisa ser trabalhada na investigação e na proteção de dados. No Conselho Nacional do Ministério Público temos protocolos em casos de ataques e a instalação de comitês de crise. De 2020 a 2024 há registro de ataques a grandes instituições, como o que ocorreu ao Superior Tribunal de Justiça, que já foi alvo em duas oportunidades”, disse o conselheiro Fernando Comin. 

Curso em Madrid 

No segundo painel, a doutora Patrícia Perrone Campos Mello apresentou o curso “Desinformación, Inteligencia Artificial y otros desafíos a la democracia en contextos electorales”. Com duração de 25 horas, o curso será realizado na Universidad Complutense de Madrid no mês de junho deste ano. “A abertura contará com o ministro Luís Roberto Barroso, que abordará os desafios da desinformação. Todos nós estamos vulneráveis à desinformação por meio de notícias falsas ou deturpadas. Por isso, é essencial que possamos refletir sobre o funcionamento das redes sociais, o capitalismo da vigilância e a economia da atenção”, observou. 

Comunicação social 

A conselheira do CNJ Daiane Nogueira de Lira debateu sobre a necessidade de atualizar as normas de comunicação social do Judiciário. Existe uma resolução de 2009 que trata do tema e que tem de ser renovada. “São muitos os desafios para reforçar a comunicação do Judiciário. Somos o Judiciário mais produtivo do mundo e precisamos mostrar essa eficiência. Estamos vivendo a era das redes sociais e precisamos adotar linguagens inovadoras. A sociedade precisa saber o que o Judiciário faz de bom. A comunicação precisa ser preventiva e não apenas reativa”, lembrou. 

Violência doméstica 

Para combater a violência contra todos os grupos vulneráveis, a conselheira do CNJ Renata Gil elogiou o novo painel que reúne informações sobre a violência doméstica. “O CNJ lançou o primeiro banco de dados do país sobre a violência doméstica, porque o Ministério da Justiça ainda não o fez. Incentivamos a criação de mais unidades de enfrentamento da violência contra a mulher e precisamos tirar nossos preconceitos contra os grupos reflexivos para homens, porque todas as nossas outras ações não surtiram o efeito desejado”, pontuou a conselheira. 

Comarcas de difícil provimento

Por fim, o conselheiro do CNJ Guilherme Guimarães Feliciano apresentou as propostas para a revisão da Resolução n. 557/2024. A normativa instituiu a política pública de estímulo à lotação e à permanência de magistrados e magistradas em comarcas definidas como de difícil provimento.  

“O objetivo é atualizar alguns critérios. Um deles é trocar o número de habitantes da comarca pelo IDHm (Índice de Desenvolvimento Humano do município), que representa com mais clareza a condição de vida de determinada região. Assim, estabeleceremos critérios basilares com pesos que também incluem a distância e a proximidade com a fronteira. Outro critério é fundamentado na rotatividade dos magistrados, porque algumas unidades são consideradas de difícil provimento pelo longo tempo de permanência dos juízes”, completou.

Veja a cobertura fotográfica do evento

Imagens: Cristiano Estrela/TJSC e Daniella Dalla
Conteúdo: NCI/Assessoria de Imprensa - Tribunal de Justiça de Santa Catarina

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