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UMF/TJMA participa de audiência pública para discutir sistema prisional

Evento foi realizado pela Sociedade Maranhense de Direitos Humanos (SMDH)

Publicado em 21 de Ago de 2023, 11h40. Atualizado em 21 de Ago de 2023, 11h47
Por Ascom/TJMA

O Poder Judiciário, por meio da Unidade de Monitoramento, Acompanhamento, Aperfeiçoamento e Fiscalização do Sistema Carcerário e Socioeducativo (UMF/TJMA), participou na última quinta-feira (17), da Audiência Pública “Parâmetros para o desencarceramento no Estado do Maranhão” promovida pela Sociedade Maranhense de Direitos Humanos (SMDH). A UMF/TJMA foi representada pelo juiz coordenador do Sistema Socioeducativo, José dos Santos Costa.

A Audiência Pública teve o objetivo apresentar às instituições o documento “Parâmetros para o Desencarceramento no Estado do Maranhão”, desenvolvido pela SMDH em conjunto com organizações, movimentos sociais e populares e ativistas, propondo parâmetros para enfrentar o encarceramento em massa. O documento foi construído de forma popular, com a participação de moradores de comunidades periféricas, estudantes de escolas públicas, pesquisadores e representantes de povos e comunidades tradicionais. 

O documento levanta pontos envolvendo sugestões de melhorias nas políticas públicas de segurança, administração penitenciária e do sistema socioeducativo. As propostas foram divididas por temas, sendo eles: Ações Preventivas    ao Encarceramento (educação em direitos humanos) e Alternativas Penais; Encarceramento Provisório; Controle Social e Transparência; Tortura e Violência Policial; Sistema Socioeducativo; População LGBTQIA+; Encarceramento Feminino; Saúde Mental e Cárcere; Povos e comunidades tradicionais e cárcere.

A Audiência foi aberta pela SMDH, por meio de fala do pesquisador e advogado Cristian Gamba, e mediação do advogado Jorge Serejo (SMDH). Também participaram a promotora de Justiça Cristiane Lago, coordenadora do CAOPI Direitos Humanos e Cidadania; a secretária Adjunta de Promoção do IDH – SEDIHPOP, Kelly Araújo; a defensora pública chefe da Defensoria Pública da União, Quézia Jemina Custódio Neto da Silva; a presidente da Fundação da Criança e do Adolescente (Funac), Sorimar Sabóia; o defensor público Thiago Josino, conselheiro do Conselho Penitenciário do Maranhão; o vereador integrante do “Coletivo Nós”, Enilton Rodrigues; e o gestor local da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (FUNAI), Guilherme Cardoso. 

O juiz José dos Santos Costa salientou que a UMF-TJMA tem trabalhado para aprimorar o sistema carcerário e socioeducativo no âmbito da prestação jurisdicional, tendo muitas das atividades contado com o apoio do Programa Fazendo Justiça (PNUD/CNJ). 

Ele destacou alguns projetos e ações da UMF e do Tribunal de Justiça, como as audiências de custódia, que hoje são uma realidade no Brasil e tiveram início no Maranhão por iniciativa de alguns magistrados; a Central de Inquéritos e Custódia, que hoje conta com duas Centrais em São Luís e uma em Imperatriz; a Central Integrada de Alternativas Penais e Inclusão Social (CIAPIS), que é uma articulação entre várias instituições, entre elas o Tribunal de Justiça, por meio das varas de execuções penais, sendo um em São Luís e outra em Timon; a Central de Vagas do Sistema Carcerário, projeto-piloto em parceria com o CNJ, em fase de monitoramento; a Central de Vagas do Sistema Socioeducativo; e o trabalho que vem sendo realizado para qualificação do atendimento inicial para adolescente a quem se atribui a autoria de ato infracional. “É fundamental a pressão da sociedade civil para que tenhamos avanços nesse tema, não é possível ficarmos inertes diante do estado de coisas inconstitucional”, avaliou.

Os representantes das demais instituições falaram sobre o trabalho de cada órgão diante dos pontos destacados nos Parâmetros e apontaram necessidades de avanços em algumas discussões. Dentro de seis meses, haverá um novo encontro para avaliar os avanços das instituições nos parâmetros. 

Agência TJMA de Notícias

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