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Campanha alerta para trauma dentário na infância e adolescência

Fabíola Leite, da Divisão Odontológica do TJMA, explica o que fazer quando a criança cai e perde um dente

17/12/2021
Ascom/TJMA

A campanha Saúde Bucal traz, como seu último tema no ano de 2021, “Trauma dentário: o que fazer quando a criança cai e perde um dente?”. A odontóloga Fabíola Leite, da Divisão Odontológica do Tribunal de Justiça do Maranhão, explica que, por estarem em constante movimento, crianças e adolescentes estão mais sujeitos a lesões traumáticas nos dentes.

“Seja em brincadeiras na escola, na prática de atividades físicas ou ao andar de skate e bicicleta, os pequenos podem cair e se machucar ou até perder os dentes. Em geral, essa situação tem repercussões funcionais, estéticas e emocionais para estas crianças”, afirma a odontóloga.

Saúde Bucal é uma campanha criada pelo TJMA, como forma de compartilhar informações e dicas de saúde para a população em geral, não apenas para servidores(as) e magistrados(as) do Poder Judiciário. A Divisão Odontológica é chefiada pelo odontólogo Rafael Silva Santos.

CONSEQUÊNCIAS

Segundo Fabíola Leite, é importante que pai, mãe e responsáveis saibam como proceder em caso de acidentes que envolvam os dentes, pois as consequências do trauma sofrido podem ser desde uma simples fratura de esmalte até situações mais complexas, como a entrada do dente na cavidade óssea, fratura da raiz, até a avulsão do dente (saída completa do dente do alvéolo).

Fabíola Leite enumera alguns procedimentos importantes para salvar os dentes ou minimizar os danos em caso de acidentes. São eles:

1 – Para todos os casos, a recomendação mais importante é procurar um(a) cirurgião(ã)-dentista, o mais rápido possível.

2 – O tempo entre o traumatismo até o atendimento feito pelo(a) dentista é muito importante.

“Sendo assim, tentem ir o mais rápido possível, pois mesmo os acidentes aparentemente simples podem ocasionar consequências graves tanto para o dente de leite, quanto para o dente sucessor permanente. O ideal é que a criança seja atendida imediatamente após o trauma. É de suma importância salientar que o sucesso do tratamento está diretamente relacionado com a rapidez e eficiência dos primeiros socorros dos pacientes”, acrescenta Fabíola.

3 – Se o trauma tiver provocado sangramento, limpe a boca da criança com gaze e soro fisiológico (na falta do soro, lave com água filtrada), com cuidado para não machucar ainda mais a criança.

4 – Em caso de fratura do dente, tente localizar o fragmento, lave-o com água corrente e coloque-o em um recipiente com leite (de preferência) ou soro fisiológico em temperatura fria até chegarem ao dentista.

5 – Se o dente ficar mole, tiver sangramento ao redor, mudar de posição dentro da boca ou se a gengiva da região ficar machucada, também deve-se procurar o dentista o mais rápido possível.

6 – Caso o “dente de leite” saia totalmente da boca, não o recoloque. Isso pode prejudicar o dente permanente que vai nascer.

7 – Se o dente avulsionado (saiu totalmente da boca) for um dente permanente, recomenda-se o reimplante, porém, para que o dente seja reimplantado com sucesso, é preciso que ele esteja em condições adequadas. O ideal é recolher o dente rapidamente, sem tocar na raiz, lavá-lo em água corrente (10 segundos), recolocá-lo no lugar e morder uma gaze ou pano limpo para mantê-lo em posição, até chegar ao dentista.

“Caso não seja possível reposicionar o dente de volta, o mesmo deve ser imerso em leite ou soro fisiológico, e deve-se procurar um atendimento de emergência imediatamente”, alerta a odontóloga.

VITAL
 
Fabíola Leite diz que é de vital importância que todas as lesões traumáticas sejam diagnosticadas, tratadas e, posteriormente, controladas no intervalo de pelo menos 5 anos após o trauma.

Independentemente do tipo de tratamento imediato, ressalta a odontóloga, o(a) cirurgião(ã)-dentista deve sempre acompanhar esses casos para avaliar se haverá alguma sequela. 

“Não podemos ter o controle total de tudo que irá acontecer com nossos pequenos, mas podemos tentar evitar esse tipo de problema, que poderá afetá-los para sempre. Por isso, enfatizamos a necessidade de crianças usarem cinto de segurança, usarem protetores bucais para a prática de esportes de risco, não deixar bebês usarem andador, aconselhar sempre o uso de escadas para entrar e sair da piscina, etc”, finaliza Fabíola Leite.


Agência TJMA de Notícias
asscom@tjma.jus.br

 

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