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A programação do terceiro dia do Encontro de Tecnologia e Inovação da Justiça Estadual (Enastic) foi aberta, nesta sexta-feira (30), com o keynote e jornalista Marc Tawil, que abordou o tema “Os Benefícios da Comunicação Não-Violenta nas Organizações e na Sociedade”. 

O evento, promovido pela Judiciário Exponencial em parceria com o Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA) e transmitido ao vivo pelo canal youtube/judiciarioexponencial, encerra-se nesta sexta-feira (30).

Durante três dias intensos de programação, especialistas nas áreas de inovação, tecnologia e justiça de todo o país discutiram sobre os desafios tecnológicos no sistema de Justiça brasileiro para 2021. Além do palco de conteúdos, o evento também contou com um ambiente incrível de interação em 3D.

No Maranhão, a oitava edição do Enastic foi coordenada pelo Comitê de Inovação do Poder Judiciário do Maranhão, presidido pelo juiz Raimundo Bogéa, por meio do Laboratório de Inovação ToadaLab, coordenado pelo juiz Ferdinando Serejo. 

COMUNICAÇÃO NÃO-VIOLENTA

Marc Tawill é estrategista de comunicação para marcas, empresas e pessoas.  Para ele, saber se comunicar é a habilidade mais importante desse século e direciona o sucesso pessoal e profissional. Afinal, sem uma comunicação poderosa, as pessoas perdem negócios e oportunidades, permitem ruídos no time e são deixadas para trás por aqueles que melhor se projetam.

Na programação do terceiro dia do Enastic, o jornalista Marc Tawil  falou sobre a origem, o conceito e a importância da comunicação não-violenta (CNV), em nossa sociedade, sob a ótica do psicólogo Marshall B. Rosenberg.

Marshall Rosenberg é autor do livro “Comunicação Não-Violenta: Técnicas para aprimorar relacionamentos pessoais e profissionais”, publicado em 2006. Segundo o psicólogo, a CNV é baseada em habilidades de linguagem e comunicação que fortalecem a capacidade de continuarmos humanos, mesmo em condições adversas. O intuito é promover o respeito, a empatia, a atenção e a compaixão, por meio de uma escuta profunda durante o processo comunicativo. 

Marc Tawill explica que, segundo Marshall, as pessoas tendem a se comportar de forma violenta, em ambientes de competitividade, dominação e agressividade. Em contrapartida, tendem a agir com generosidade em ambientes acolhedores e cooperativos. 

O jornalista ressalta que muito de como nos comunicamos – julgar, intimidar, discriminar, apontar o dedo, falar sem ouvir, criticar os outros ou a nós mesmos, reagir quando está com raiva – pode, de fato, ser chamado de comunicação não-violenta.

Durante a sua explanação, o jornalista Marc Tawill ressaltou que, para promovermos mudanças significativas nas organizações e na sociedade e nos adaptarmos à nova realidade imposta pela pandemia da Covid-19, é fundamental estarmos atentos à comunicação, no dia a dia, tanto no ambiente familiar, social, quanto no profissional, por meio de atos de acolhimento das necessidades do outro. 

O keynote também enfatizou a importância de explorarmos as oportunidades oriundas da crise, priorizando as necessidades do consumidor, do público, e investindo numa nova comunicação, mais humanizada e acolhedora, com o auxílio do potencial oferecido pelos meios tecnológicos.

“Estamos vivenciando uma revolução de hábitos de consumo que trazem inúmeras oportunidades. Esse é um legado da atual crise que vivemos, estamos em um processo de adaptação. Hoje, temos um novo consumidor. Portanto, é imprescindível também termos uma nova comunicação, não-violenta e mais acolhedora. Afinal, vivemos um tempo de maiorias minorizadas. As pessoas precisam ser ouvidas e acolhidas. E nesse caminho, comunicação e tecnologia devem andar sempre juntas”, pontuou.

O keynote também falou sobre os 4 pilares da Comunicação Não-Violenta, que precisamos colocar em prática: observar sem julgar, focar nos atos e deixar o julgamento de lado; nomear seus sentimentos; identificar e comunicar suas necessidades; pedir ao invés de mandar. 

“Existe uma intenção por trás de cada ato comunicativo. Quando você enxerga, você se desarma. Precisamos ser cada vez mais solidários, empáticos e analíticos ao nos comunicarmos. É fundamental aprendermos a neutralizar a negatividade das pessoas e colocarmos luz sobre as sombras, enxergarmos o lado positivo de tudo e de todos”, concluiu.

SOBRE O KEYNOTE

Graduado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu, ele é radialista, com DRT pelo Senac, e escritor. Fundou a Tawil Comunicação em 2010, em São Paulo, depois de atuar por 15 anos em algumas das principais redações do país: Jovem Pan Am, Jornal da Tarde (Grupo Estado) e Bandnews Fm. Publicou os livros Trânsito Assassino (Editora Terceiro Nome) e Haja Saco, o livro (Editora Multifoco). Além disso, tem MBA em Gestão Empresarial pela FGV e em Marketing pela USP.  Atualmente, é professor de pós-graduação na USP desde março de 2021.

Tawil é comentarista do Café das 6h de São Paulo pela Rádio Globo FM (94,1 fm); diretor de Comunicação do Instituto Capitalismo Consciente Brasil; coordenador na Câmara de Comércio França-Brasil; embaixador pela Igualdade Racial no Instituto Identidades do Brasil; embaixador Cabify Empresas; colunista dos Portais Transformação Digital e Comunique-se. 

Além disso, ele venceu o prêmio Linkedin Top Voices, que reúne os contribuidores que mais se destacaram no ano, com 6 milhões de leituras em 49 artigos publicados em 2016. A lista faz parte de um projeto global, que mapeou a rede social guiado por uma mistura de aplicação do banco de dados com o olhar editorial da equipe Linkedin. A metodologia levou em conta o engajamento gerado pelos usuários, o crescimento de seguidores, o número de vezes que o usuário foi destacado em canais e a diversidade de assuntos.

ENASTIC JUSTIÇA ESTADUAL

A Judiciário Exponencial – empresa que tem como CEO e diretor, o advogado e ativista em inovação, Ademir Piccoli – promove o Enastic Justiça Estadual desde 2014, ano do seu início como consultoria especializada em transformação digital e inovação no sistema de Justiça. O evento promove debates sobre os desafios da transformação digital e como unir os profissionais da Justiça para a criação do futuro. 

Agência TJMA de Notícias

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