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Profissionais do TJMA dizem como lidar com a ansiedade na pandemia

Psicóloga Ingrid Rodrigues e psiquiatra Luiz Eduardo Cavalcanti, da Divisão Médica do Tribunal, explicam porque o medo exagerado e o uso indiscriminado de remédios são perigosos

03/05/2021
Paulo Lafene

O vídeo da Campanha Saúde no Judiciário desta semana traz uma conversa da psicóloga Ingrid Rodrigues com o psiquiatra Luiz Eduardo Cavalcanti, ambos da Divisão Médica do Tribunal de Justiça do Maranhão, sobre ansiedade. O projeto é direcionado a servidores, magistrados e ao público em geral. 

A psicóloga conta que tem percebido que a ansiedade tem sido abordada de forma pejorativa por muitas pessoas, ultimamente, como se fosse algo ruim ou um indicador de coisa negativa. O psiquiatra lembra que ansiedade e tristeza são inerentes ao ser humano, sendo a primeira, inclusive, importante para que as pessoas se protejam de determinados riscos.

“Ela é normal, principalmente nesse período em que surgiu uma nova ameaça, desconhecida. Então, até aumentaram os níveis de ansiedade na população, como um todo, mas isso não significa, necessariamente, uma doença”, acrescenta Cavalcanti.

O psiquiatra aponta o prejuízo funcional em relacionamentos afetivos, pessoais, físicos, na diminuição da produtividade no trabalho como a etapa em que a ansiedade se torna uma doença, quando se torna necessário buscar ajuda.

Ingrid Rodrigues acredita que as pessoas se desacostumaram a lidar com determinadas coisas. “Uma situação de pandemia cria um estado de alerta, mas até o botão de alerta tem que ser desligado de vez em quando, senão, vira superstição, vira fantasia, vira um medo obsessivo”, entende a profissional.

Luiz Eduardo Cavalcanti destaca que o afastamento das pessoas de outras das quais gostam, de atividades de sua preferência leva ao esquecimento do autocuidado, da necessidade de atividade física e do próprio bem-estar. Para ele, essas pessoas precisam buscar uma rotina equilibrada, de trabalho, de autocuidado, de lazer, para que não adoeçam.

A psicóloga concorda com o ponto de vista do psiquiatra, de que o engajamento com uma tarefa interessante, produtiva e saudável, com equilíbrio, é uma forma de lidar com a ansiedade, que ela considera uma energia à disposição das pessoas.

“Exatamente, quando mais a gente passa um tempo ocioso, preocupado, as coisas vão aumentando e formam um ciclo vicioso. Então é muito importante a gente se engajar em tarefas produtivas, que nos trazem equilíbrio”, aconselha Luiz Eduardo Cavalcanti.

Para quem acredita que não está dando conta de lidar com as situações da vida, o psiquiatra lembra que o Tribunal de Justiça disponibiliza, por meio da Divisão Médica e da Divisão Psicossocial, atendimento de psicologia e psiquiatra, com marcação de consulta e avaliação e busca de grupos de ajuda.

Luiz Eduardo explica quais os procedimentos mais comuns de atendimento, desde os casos leves, passando pelos moderados, até os mais graves, e alerta para os efeitos danosos do uso indiscriminado de medicamentos, que muitas pessoas buscam para relaxar ou dormir. 

Assista abaixo ao vídeo da campanha Saúde no Judiciário para entender mais sobre o tema.

Os vídeos ficam disponíveis nas redes sociais oficiais do TJMA (tjmaoficial) no Instagram, Twitter, YouTube e Facebook.

SUGESTÕES

Para pedir que um tema do seu interesse seja abordado na série Saúde no Judiciário, escreva para o e-mail divmedica@tjma.jus.br.

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