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ESMAM promove curso de Premissas para apreciação técnica de liminares da saúde

Formação foi direcionada a magistradas e magistrados do TJMA

Publicado em 15 de Ago de 2024, 12h29. Atualizado em 15 de Ago de 2024, 22h16
Por Bruna Castro

A Escola Superior da Magistratura do Maranhão (ESMAM) promoveu a primeira edição do curso de Premissas básicas para apreciação técnica de liminares na jurisdição da saúde. Destinado a magistradas e magistrados do Poder Judiciário do Maranhão, o curso abordou como temática o microssistema de justiça da saúde composto pelo modelo Constitucional de saúde universal.

A formação ocorreu na sede da Escola, nos dias 13 e 14 de agosto, e teve como formador o juiz coordenador do Comitê Estadual de Saúde do Tribunal de Justiça de Roraima (TJRR), Eduardo Alvares de Carvalho. Dentre os temas abordados, estava a legislação do microssistema de saúde, a utilização da medicina baseada em evidências, os recursos do Núcleo de Apoio Técnico do Judiciário (NATJUS), além do debate da jurisprudência dominante sobre a temática, recomendações do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e enunciados do Fonajus. 

“Estamos visando a qualificação técnica na jurisdição da saúde, para que se preserve os princípios da saúde pública e da saúde suplementar. Garantindo também o direito individual de todos os pacientes. Foi uma prática muito rica, em que tivemos a oportunidade de compartilhar a experiência do Tribunal de Justiça de Roraima e do Maranhão. Os juízes do  Tribunal de Justiça do Maranhão estão muito qualificados e o tribunal presta um excelente serviço na saúde pública e suplementar aqui no Estado”, destacou o formador.

Durante as aulas, os participantes tiveram a oportunidade de explorar temas essenciais, como o funcionamento do NatJus, os Cejusc saúde, além de jurisprudências atualizadas do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e dos Tribunais de Justiça. A juíza Vanessa Clementino Sousa, coordenadora do CeJusc de Saúde e supervisora do NatJus-TJMA, observou a contribuição significativa da formação para o trabalho jurisdicionado, destacando o de juízes plantonistas. 

“Para nossa prática, é muito importante. Quando nós, juízes, nos vemos sobretudo em áreas de plantão, sem termos algumas ferramentas, é mais complicado decidirmos. A partir do momento em que temos conhecimento da existência do NatJus, do CeJusc e dos centros de conciliação desses julgados, isso nos dá uma segurança maior nas nossas decisões”, explicou. 

Carlos Veloso, juiz da Vara da Saúde Pública de São Luís, participou da formação e destacou a relevância da abordagem da temática. Veloso citou a importância das atualizações jurisprudenciais sobre o tema, que foram debatidas durante o curso. Com três anos e meio de experiência na Vara de Saúde, o juiz ressaltou ainda a oportunidade de troca de conhecimento com o formador e demais participantes.

“A formação possibilitou também a  troca de experiência de situações e casos que  acontecem aqui, e que podem servir de exemplo para que o formador repasse para outros alunos, em outros estados. E vice-versa. No meu caso, o momento serviu para uma troca não só de conhecimento, mas também de experiência”, afirmou. 

A capacitação também contou com a participação da supervisora do Natjus-TJMA, juíza Laysa Paz Mendes, que apresentou alguns dos representantes do corpo técnico, detalhou aos participantes a respeito da função do núcleo, e sobre as notas técnicas do Natjus. Discutindo como solicitar, e o processo para que essas notas possam ser ofertadas de maneira completa e bem fundamentada.

“Tivemos a oportunidade de explicar o que deve ser esperado das notas técnicas do Natjus, além de tratar também a respeito da função do Comitê de Saúde, o que nós temos feito e o que o Natjus tem exercido nesses últimos anos, desde 2020”. 

Membra do comitê de saúde, a juíza Laysa Paz comentou a utilidade da formação aos magistrados e magistradas, de diversas Varas. 

“O tema foi muito acertado não apenas para os juízes das Varas Cíveis que têm demandas de saúde suplementar, ou juízes da Fazenda Pública, e de Saúde Pública que têm as demandas contra o SUS. Mas para os demais juízes que eventualmente ou potencialmente podem também responder por plantões judiciais cíveis. Todo o arcabouço que o doutor Eduardo trouxe de informações foi muito rico e necessário”, finalizou.

 

SOBRE O FORMADOR 

Eduardo Alvares de Carvalho é juiz coordenador do Comitê Estadual de Saúde do TJRR, coordenador do NatJus, Nupemec e do Núcleo 4.0 da Saúde de Roraima. Graduado em Direito e Medicina, com pós-graduação em Direito Processual Moderno e residência médica em Anestesiologia. Mestrando em Segurança Pública, Direitos Humanos e Cidadania e em Prestação Jurisdicional e Direitos Humanos, é formador da Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados (Enfam), professor da Universidade Estadual de Roraima. 

 

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