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O oficial de justiça e jornalista Nonato Reis lançou nesta sexta-feira (01) “Sinos da Matriz”, seu primeiro livro de contos, quinta obra literária do autor que já escreveu dois romances e prepara para 2022 o livro de memórias do jornalismo maranhense. O lançamento ocorreu no auditório do Fórum Des. Sarney Costa (Calhau), com a presença do presidente do Tribunal de Justiça do Maranhão, desembargador Lourival Serejo, que é escritor e natural de Viana-MA, onde também nasceu Nonato Reis.

“Os Sinos da Matriz”, livro de contos e crônicas, é uma coletânea de 40 textos, que tem como cenário a cidade de Viana, na Baixada Maranhense. O autor resgata alguns personagens vianenses que fizeram história no local, como o farmacêutico Ozimo de Carvalho, ”a quem todos recorriam para tratamento de saúde. Tem o meu tio-avó Chico Travassos que foi sapateiro, delegado de polícia, dentista e até juiz na cidade”, disse Nonato Reis. A obra traz crônicas também sobre figuras como João Gato que morreu aos 101 anos de idade; Berlarmino Gomes e o casal Sebastiano e Ceciliana Furtado, que morreram em 2021 vítimas da COVID-19.

Lourival Serejo disse que o grande mérito do cronista é captar o presente e destacou a crônica em que o jornalista refaz um pedaço da vida e da história do vianense Berlarmino Gomes. O desembargador e escritor falou sobre a leveza com que autor escreve suas crônicas. “Nós vianenses estamos de parabéns e seus colegas de trabalho também”, disse, ao ressaltar a obra literária de Nonato Reis.

“Uma das perguntas que mais ouço é como cumpro minhas atividades de oficial de justiça, que é um trabalho árduo, e ainda encontro tempo para me dedicar à literatura. Digo que ser oficial de justiça é ter responsabilidade, mas fazer literatura é imperativo da alma”, afirma Nonato Reis. O escritor conta que seu primeiro livro, o romance “Lipe e Juliana”, lançado em 2017, ele escrevia até nos intervalos dos almoço. “Quando se escreve é como se não fosse dono de si”, acrescentou. O jornalista disse que produziu bastante nesse período de pandemia do novo coronavírus e que já possui material para mais três livros.

Nonato Reis está escrevendo sua sexta obra prevista para ser lançada no próximo ano. É um livro de memórias intitulado “Lembranças de repórter”, resgatando fatos e personagens da época em que o autor trabalhou nas redações de jornais. “Será o livro mais importante da minha carreira; é um pedaço da nossa imprensa, a fase áurea dos jornais impressos que precisa ser resgatada e preservada”, garante.

Participaram da cerimônia de lançamento de “Sinos das Matriz”, nesta sexta-feira (01), jornalistas, oficiais e oficialas de justiça, magistrados, familiares e amigos do escritor e vários conterrâneos vianenses como Graça Cutrim que foi professora de Nonato Reis, no ginasial, na cidade de Viana. Durante a sessão de autógrafos houve a apresentação do saxofonista Orisvaldo Siqueira, subtenente da Polícia Militar do Maranhão.

Nonato Reis é oficial de justiça na Central de Mandados da Comarca da Ilha de São Luís, tendo ingressado por concurso público, em 2005. É formado em Jornalismo, pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA); trabalhou nos principais jornais de São Luís, como repórter, chefe de reportagem e editor; foi correspondente do jornal Folha de São Paulo, na década de 1990. De 2011 a 2017 foi articulista do Jornal Pequeno, na capital maranhense, onde assinava uma coluna dominical sobre temas livres.

Estreou na literatura em 2017 com o romance “Lipe e Juliana”, que já está na segunda edição; e, em 2018, lançou seu segundo romance, “A Saga de Amaralinda”. É também autor da obra “A Fazenda Bacazinho” (2019), livro ambientado no povoado de Ibacazinho, no município de Viana. Em parceria com o oficial de justiça Jil Borges, lançou, em 2020, o livro de crônicas “Ossos do Ofício, que narra as histórias por trás do cumprimento de mandados judiciais nas comarcas do Maranhão.

Agência TJMA de Notícias

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