Com o objetivo de destravar ações criminais no âmbito do Poder Judiciário de 1º Grau, a Corregedoria Geral da Justiça, por meio do corregedor-geral, desembargador José Luiz Almeida, reuniu-se com o Comando-geral da Polícia Militar do Maranhão, na manhã desta terça-feira (29). O encontro foi na sede da Polícia Militar do Maranhão, no Calhau. Na ocasião, o corregedor e o coronel Paulo Fernando Queiroz discutiram alternativas para solucionar a questão dos processos que dependem do depoimento do policial militar.
Durante o encontro, o corregedor-geral citou alguns dados colhidos a respeito, considerados negativos, sobre a não fluência dos processos em função desse fator. Conforme relatado pelo corregedor na reunião, a dificuldade em colher o depoimento do PM, enquanto testemunha fundamental, impede o avanço do processo. Ele informou ao comando da PM que a estrutura apresenta algumas falhas e que deve haver um alinhamento com os juízes criminais para que as dificuldades sejam enumeradas e soluções encontradas.
“Não são poucos os casos em que o depoimento do policial e da vítima são primordiais e, em função de entraves burocráticos ou até mesmo falta de sintonia entre as instituições, o depoimento não se realiza e, ao não realizar a audiência, o processo não é resolvido a tempo. Nos casos mais extremos, ocorre até a prescrição processual, resultando na extinção da punibilidade. É nosso papel julgar o mais rápido possível aqueles que cometem crimes”, pontuou o desembargador, sinalizando uma futura reunião entre todos os envolvidos, incluindo os juízes criminais.
O comandante colocou-se à disposição para buscar, em conjunto, meios para que os depoimentos aconteçam, sejam de forma presencial ou por videoconferência. “O que temos a fazer é averiguar quais as dificuldades encontradas. A partir daí, evitar situações como essas”, observou Paulo Fernando. Para o encontro, ele convocou o Coronel Anderson Maciel, Diretor de Pessoal da Polícia Militar do Maranhão. “Vamos buscar, sim, essa harmonia entre as instituições, detectar os entraves, para evitar que o policial militar falte às audiências determinadas pela Justiça”, declarou o coronel Anderson.
Além do corregedor, participaram da reunião a diretora da CGJ, Allana Machado Prazeres, e Mário Lobão, consultor.
Assessoria de Comunicação
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